A Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu foi o território protegido da Amazônia mais pressionado pelo desmatamento no primeiro trimestre deste ano, segundo o estudo “Ameaça e Pressão de Desmatamento em Áreas Protegidas”, publicado trimestralmente pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e divulgado na sexta-feira, 20/05. E a terra Apyterewa, alvo de invasões de grileiros na semana passada, foi o terceiro território indígena sob maior pressão no período.
Em segundo e terceiro lugar da lista amarga de áreas protegidas sob maior pressão foram, depois da APA Triunfo do Xingu, estão a APA do Tapajós e a terra indígena Cachoeira Seca do Iriri.
Pará sempre no alvo
“O Pará é frequentemente um dos estados que mais apresentam áreas protegidas ameaçadas e pressionadas. Caso as informações disponíveis fossem utilizadas para a proteção desses territórios, essa devastação poderia ter sido evitada”, afirma Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.
Depois das áreas paraenses no alvo do desmatamento, a Resex Jaci Paraná (RO) aparece em quarto lugar, seguida pela Resex Chico Mendes (AC), TI Waimiri Atroari (AM-RR), APA Caverna do Maroaga (AM), APA do Lago de Tucuruí (PA), Esec da Terra do Meio (PA) e em décimo a PES de Guajará-Mirim (RO).
Já entre as áreas protegidas sob maior ameaça estão a Flona do Aripuanã (AM) em primeiro, em segundo a TI Trincheira/Bacajá (PA), em terceiro a TI Waimiri Atroari (AM-RR), seguidas em ordem pela Flona do Jamanxim (PA), TI Baú (PA), Parna Mapinguari (AM-RO), TI Cachoeira Seca do Iriri (PA), TI Trombetas/Mapuera (AM/PA/RR), Flona do Iquiri (AM) e a FES do Rio Gregório (AC).
Territórios indígenas
No ranking apenas das terras indígenas sob maior pressão, ou seja, com o maior número de ocorrências de desmatamento dentro de suas áreas, a Apyterewa ficou em terceiro lugar. Com todo o seu território no município paraense de São Félix do Xingu, um dos mais críticos em relação ao desmatamento, essa terra foi alvo de novas invasões de grileiros recentemente. O que é uma grave ameaça à vida do povo Parakanã, que vive no local.
Em primeiro lugar ficou a terra indígena Cachoeira Seca do Iriri, também no Pará. A maior parte de seu território é localizado em Altamira (76%), e o restante nos municípios de Placas (17%) e Uruará (7%). No local, vive o povo Arara. Em seguindo, está a TI Waimiri Atroari (AM-RR). Do quarto ao décimo lugar estão TI Alto Rio Negro (AM), TI Karipuna (RO), TI Manoá/Pium (RR), TI Médio Rio Negro I (AM), TI Moskow (RR), TI Raposa Serra do Sol (RR) e TI São Marcos (RR).
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Fonte: Imazon