“Foi muito bom para todos os moradores. Antes usávamos grupo gerador, com óleo diesel. Não tínhamos energia a noite inteira, e como moramos em floresta, há muito perigo com cobra, escorpião, era muito difícil. Agora podemos deixar a luz acesa toda a noite se quisermos, aumentamos a potência, podemos ter freezer, televisão maior, é bom demais”, diz dona Joelma Lopes.
Ela é integrante de uma das famílias beneficiadas pelo programa de capacitação profissional de instalação de painéis fotovoltaicos da Revolusolar, que é uma das iniciativas apoiadas pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) para geração de energia sustentável.
Dona Joelma mora na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no Pará, onde o Projeto Saúde e Alegria (PSA), em parceria com o Revolusolar e iCS, atua com dezenas de projetos, entre eles instalação e geração de energia solar.
Eletricistas do sol
O calendário ainda marcava o ano de 1987 quando o PSA, iniciativa civil sem fins lucrativos, começou a atuar em comunidades da Amazônia brasileira para promover e apoiar processos participativos de desenvolvimento comunitário integrado e sustentável capazes de contribuir de maneira demonstrativa no aprimoramento de políticas públicas, na qualidade de vida e no exercício da cidadania das populações atendidas.
Coordenado pelos irmãos Caetano Scannavino Filho e Eugênio Scannavino Neto, o Saúde e Alegria atua com dezenas de projetos e atende a mais de 30 mil pessoas. Dentro da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no Pará, eles montaram um centro na comunidade do Carão com viveiro para produção de mudas, unidades demonstrativas, centro de formação de eletricistas do sol, entre outros.
E não para por aí. Sem emissão de diesel, a poluição melhorou, e o Saúde e Alegria ainda apoia em outras áreas, como reflorestamento e capacitação para que os moradores da Resex façam roçado sem queima, reduzindo área de fogo na floresta, entre outros.
É o sol oferecendo eletricidade limpa do sudeste ao norte!
Fonte: Instituto Clima e Sociedade