O pesquisador Luadir Gasparotto, da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus, AM), recebeu o Prêmio Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente de 2022, na categoria Projetos de Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica, com o trabalho “Alternativas para o controle da sigatoka-negra da bananeira na Amazônia”. Gasparotto apresentou o trabalho que desenvolveu para evitar o contágio da sigatoka negra na bananeira pacovã, baseado na aplicação de fungicida na axila foliar da planta.
A sigatoka é considerada a doença foliar mais destrutiva e de maior valor econômico nos cultivos de banana e da banana-comprida. Em todas as regiões produtoras de banana em grande escala, o controle da doença é efetuado com aplicação de fungicidas utilizando aviões e/ou helicópteros. Na Amazônia, onde as condições climáticas são extremamente favoráveis ao patógeno, a aplicação aérea é técnica, ecológica e economicamente inviável.
Para viabilizar o controle da sigatoka-negra em pequenos plantios na Amazônia, Gasparotto e equipe desenvolveram a técnica de deposição do fungicida na axila da segunda folha da bananeira. As aplicações iniciam nas plantas com 4 meses de idade, a intervalos de 60 dias, e reduzem de 50 aplicações anuais para apenas 3 aplicações por ciclo da cultura.
O pesquisador explica que a técnica apresenta maior eficiência no controle da doença, reduz o número de aplicações, é de fácil acesso aos pequenos produtores, não necessita de veículo (óleo, água), reduz a contaminação ambiental, pois o fungicida é colocado diretamente na axila da planta e oferece maior segurança ao operário, pois este não fica exposto ao produto, reduzindo as intoxicações. Para facilitar ainda mais o controle químico nos pequenos plantios de bananeira na Amazônia, será desenvolvida a técnica de injeção do fungicida no pseudocaule da planta.
Fonte: Embrapa Amazônia Oriental
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