A deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) tomou posse, nesta quarta-feira, 4/1, como ministra do Meio Ambiente e da Mudança Climática, numa cerimônia bastante concorrida.
Em seu discurso, Marina chamou de “desrespeito com o patrimônio socioambiental brasileiro” as políticas ambientais adotadas pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foi ovacionada.
Em sua terceira incursão como ministra do Meio Ambiente – ela também comandou a pasta entre 2003 e 2008, nos dois primeiros mandatos de Lula como presidente da República -, Marina Silva anunciou durante a solenidade a criação de uma secretaria extraordinária específica para fazer o controle do desmatamento no país.
A iniciativa se faz necessária. Segundo dados Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a área de floresta desmatada da Amazônia Legal em 2022 foi a maior dos últimos 15 anos. De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, o que equivale a sete vezes a cidade de São Paulo.
“Quando chegarmos ao desmatamento zero, não precisará da Secretaria Extraordinária de Desmatamento. Então, esse secretário sabe que a taxa de sucesso dele será medida no dia que o presidente extinguir a secretária extraordinária de desmatamento”, disse.
Marina também anunciou a criação das da Secretaria de Bioeconomia, da Secretaria de Gestão Ambiental Urbana e Qualidade Ambiental, da Secretaria de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável. A ministra ainda celebrou a volta do Serviço Florestal Brasileiro, ANA e PPCDam à pasta, agora sob seu comando.