Uma ação conjunta nesta segunda-feira, 9/1, retirou um grupo de bolsonaristas radicais que estavam acampados em frente ao 2º Batalhão de Infantaria e Selva, em Belém. Cinco pessoas foram presas em flagrante e levadas para a sede da Polícia Federal por apresentarem resistência ao desmonte do acampamento.
A ação aconteceu atendendo a uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pelo fim de acampamentos golpistas em todo país, após os atos terroristas, que depredaram os prédios dos Três Poderes, em Brasília, no domingo, 8/1.
O Ministério Público do Pará (MPF) também pediu à Polícia Federal (PF) e ao governo estadual desmobilização urgente de aglomerações golpistas no estado.
A BR-163 chegou a ser bloqueada em cinco pontos no Pará, no domingo, a maior parte na região de Novo Progresso, cidade com mais votos para Bolsonaro no estado. Às 9h20 desta segunda, no entanto, a PRF informou que todos os pontos estavam desbloqueados.
Ainda no domingo, o governador do Pará, Helder Barbalho, repudiou os ataques terroristas em suas redes sociais e anunciou o envio de militares do estado paraense a Brasília. Em entrevista ao Bom Dia Pará, ele se pronunciou sobre os atos golpistas.
“Estamos preparado para agir na força da lei e não permitiremos em território paraense toda e qualquer ação terrorista que venha desestabilizar a democracia”, afirmou.
Além de enviar 60 policiais militares, lotados no Comando de Missões Especiais e no Batalhão de Choque, para atuar em Brasília, Barbalho confirmou presença em reunião de Lula com governadores nesta segunda-feira, 9/1, para discutir sobre os atos de manifestantes que depredaram os prédios dos Três Poderes, em Brasília.
Helder também confirmou a presença em reunião com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que acontece após a reunião com o presidente Lula.
“Este é o momento de termos a capacidade de agir com força para combater o terrorismo”, disse Helder. Ele afirmou que as cenas registradas em Brasília não podem ser confundidas com iniciativas políticas. “Isso foi terrorismo, vandalismo e ataque à democracia”, completou.
MPF pede colaboração
Para os membros do Ministério Público Federal do Pará, os atos criminosos foram uma clara tentativa de deslegitimar o resultado das eleições realizadas em 2022 e objetivar a instabilidade institucional com vistas a um golpe contra o governo eleito.
“Aglomerações golpistas têm potencial para se converterem concretamente em células de ataque ao Estado Democrático de Direito, conforme demonstraram os ataques criminosos em Brasília e porque integrantes dessas aglomerações explicitamente apelam por intervenção das Forças Armadas contra o governo federal constituído”, diz em um trecho do pedido
Também neste domingo, a unidade do MPF no Pará pediu que todos que conhecerem algum paraense que realizou atos criminosos em Brasília neste domingo denunciem em saladocidadao.mpf.mp.br As informações serão acrescentadas ao procedimento de investigação criminal em andamento.
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