Imagens feitas por câmeras do Centro Integrado de Operações (Ciop) mostram o momento da queda de parte da samaumeira centenária, de 25 metros de altura, na Praça Santuário da Basílica de Nazaré , em Belém – assista ao vídeo:
Desde que o desastre natural aconteceu, na segunda-feira, 6, moradores de diversos bairros formam uma grande fila para conseguir um pedaço do tronco da árvore, segundo O Liberal. Alguns querem para guardar de lembrança, outros visam o lucro.
Pessoas foram flagradas vendendo “tábuas” da samaúma, a preços variados, segundo o G1. A Prefeitura Belém ressalta que o ato é considerado infração, sendo enquadrado como crime ambiental e passível de punição administrativa e criminal.
Nas redes sociais alguns vídeos foram divulgados denunciando a venda das peças de samaúma, com relatos de pessoas que teriam faturado centenas de reais com a comercialização indevida da árvore.
Retirada das toras
A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), realizou parte do trabalho de serragem e retirada das toras de madeira dos galhos da samaumeira. A Semma irá destinar parte delas para instituições de pesquisa.
De acordo com o chefe da Divisão de Poda da Semma, dos 28 metros de altura que a árvore possuía, após a serragem dos galhos que caíram, foi reduzido para aproximadamente 10 metros.
“A equipe técnica achou por bem fazer esses cortes até essa altura, que foi considerada como segura, sem riscos de novas quedas”, ressaltou Francisco Júnior, chefe da Divisão, disse ao Dol.
Ainda não se decidiu se o que foi feito até então será mantido ou se novas intervenções serão necessárias.
“Eles irão analisar até a possibilidade de a árvore rebrotar novos galhos e, em caso afirmativo, se ela irá suportar. É a partir disso que iremos adotar novas medidas”, completou Francisco Júnior.
Independentemente da decisçao, a Semma estuda a possibilidade de transformar o que restou da samaumeira em um memorial, uma vez que é centenária e por compor o cenário da Praça Santuário.
“Estamos analisando isso por toda a simbologia que essa árvore tinha na cidade, principalmente por fazer parte do Círio de Nazaré”, disse Francisco Júnior.