Edital da Embrapa prevê o licenciamento de produtores de sementes interessados em produzir e comercializar as novas cultivares de feijão-caupi (Vigna unguiculata L.) desenvolvidas pela empresa: BRS Bené (grãos marrons), BRS Guirá (grãos pretos), BRS Utinga (grãos brancos) e BRS Natalina (tipo “manteiguinha”).
As quatro novas variedades apresentadas pela instituição são mais produtivas, têm arquitetura moderna para colheita manual e mecanizada, apresentam boa resistência a doenças e grãos nutritivos com bons teores de proteína, ferro e zinco.
As novas cultivares atendem diretamente à demanda dos produtores paraenses, pois cerca de 90% do feijão produzido no estado é feijão-caupi. A produção paraense é insuficiente para o mercado e a maior parte do feijão consumido localmente vem de outros estados.
Como se inscrever
Os produtores de sementes interessados em produzir e comercializar as novas cultivares de feijão-caupi da Embrapa devem estar inscritos no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), do Ministério da Agricultura e Pecuária. Serão comercializados neste edital 40 lotes de sementes das quatro cultivares, totalizando 1.950 kg.
Os interessados devem enviar e-mail com o assunto “Comunicado de Oferta N° 05/2023” para o endereço cpatu.spat@embrapa.br, a partir de 14h do dia 15/02/2023 até 17h do dia 14/03/2023. As manifestações serão contempladas por ordem de recebimento até o esgotamento dos lotes. Os selecionados serão parceiros da Embrapa por meio de contrato de licenciamento para produção e exploração comercial de sementes com marca “Tecnologia Embrapa”.
Os produtores de sementes interessados devem cumprir os requisitos estalebecidos no edital, estar inscritos no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), do Ministério da Agricultura e Pecuária, e manifestar interesse até 17h do dia 14 de março de 2023, pelo e-mail cpatu.spat@embrapa.br.
Alimento proteico e energético
O feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] é um alimento proteico e energético que tem um importante papel na segurança alimentar e nutricional nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Essa cadeia produtiva gera renda e envolve desde o agricultor familiar, pequenos, médios, até grandes produtores em nível empresarial.
Nos últimos dez anos, a produção paraense de feijão sofreu uma queda de cerca de 40%, ficando em 21 mil na safra de 2021/2022. Desse total, 19 mil toneladas são de grãos de feijão-caupi, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
“As novas cultivares podem apoiar a retomada da produção de feijão no estado, atender às demandas locais e fortalecer o segmento da agricultura familiar, além disso, embora ainda não recomendadas para outros estados, elas já despertaram interesse em produtores que carecem de novos materiais mais produtivos e resistentes a pragas e doenças”, informa Bruno Giovany de Maria, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Amazônia Oriental.
Fonte: Embrapa