Dados divulgados nesta sexta-feira, 3, pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que o acumulado de alertas de desmatamento na Amazônia Legal até o dia 24 de fevereiro de 2023 foi de 291 km². Conforme o Pará Terra Boa adiantou, antes mesmo dos números do Inpe serem fechados para o mês, fevereiro já tinha registrado uma taxa recorde de desmate, sendo apontados 209 km² até o dia 17 de fevereiro.
Ainda de acordo com os novos dados divulgados pelo Inpe, no último mês, o Pará foi o segundo estado com maiores índices de desmatamento registrados, cerca de 45 km². A maior taxa foi do Mato Grosso, com 145 km² de área desmatada.
A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, e engloba a área total de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão.
Queda em janeiro deve ser vista com cautela
Especialistas já apontavam que os números do Inpe para este ano deveriam ser interpretados com cautela, visto que janeiro registrou uma alta cobertura de nuvens e uma consequente queda nos números do período, que agora se vê refletida numa alta em fevereiro.
Como publicamos aqui no Pará Terra Boa, no primeiro mês do ano, o acumulado de alertas de desmatamento foi de 167 km², uma queda de 61% em relação ao mesmo período de 2022. Houve diminuição também em relação a dezembro de 2022, que registrou 229 km² derrubados.
O Pará também foi o segundo estado que mais desmatou em janeiro, com 32 km², perdendo apenas para o Mato Grosso (69 km²).
“O aumento da área desmatada nos primeiros dias de fevereiro deve ser interpretado com cautela. Tivemos um aumento de nuvens em janeiro e o Deter pode estar detectando em fevereiro desmatamentos que ocorreram no mês passado”, alertou Daniel Silva, especialista em Conservação do WWF-Brasil, ao g1.
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