Garimpos em área de preservação federal foram desmobilizados durante uma fiscalização da Polícia Federal em Parauapebas, sudeste do Pará. A ação com mais de 20 agentes foi realizada na terça-feira, 4/4, em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). As informações são do g1.
A investigação começou após uma denúncia apresentada sobre a devastação causada nas áreas de extração ilegal de ouro. Sobrevoos no local constaram o crime ambiental,
O local foi abandonado às pressas pelos trabalhadores ao perceberem a chegada da fiscalização, segundo a PF. De acordo com a corporação, por conta da impossibilidade de retirada do local, foram inutilizados seis conjuntos de motores hidráulicos e cinco suportes de mil litros de diesel cada um. Também foi apreendida a motocicleta do gerente do garimpo.
“Os garimpos ilegais desmobilizados estavam causando sérios danos ambientais no rio Azul, que passa pela floresta dos Carajás e deságua no rio Itacaiúnas. Os órgãos ambientais informaram o aumento da contaminação do rio pode afetar toda a bacia do rio Itacaiúnas, colocando em risco o meio ambiente e população de algumas cidades”, explicou a PF.
Apesar da área já ter sido alvo de operação de órgãos ambientais, inclusive com aplicação de multas, ela continua em atividade
Outros garimpos desativados
Entre os dias 4 e 22 de março, a Operação Amazônia Verde percorreu seis unidades de conservação geridas pelo ICMBio e resultou na desativação de 11 garimpos ilegais. no Pará.
As unidades alvo da operação: Área de Proteção (APA) do Tapajós, Florestas Nacionais do Jamanxim e do Amana e Parques Nacionais da Amazônia, do Jamanxim e do Rio Novo estão situados no oeste do Pará, um dos locais com maior pressão para desmatamento e garimpo ilegal.
Na ação:
- Foram aplicados R$ 11 milhões em multas.
- 18 pessoas foram presas.
- Cerca de R$ 10 milhões em máquinas foram apreendidas, tais como escavadeiras hidráulicas, usadas para desmatar e revolver a terra e motores que movimentam bombas e dragas.
- 187,91 hectares foram embargados (o objetivo do embargo é impedir novos danos ambientais para que a vegetação possa se regenerar naturalmente).
Além do ICMBio, a operação contou com apoio da Força Nacional e do Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar do Pará.