O governador do Pará, Helder Barbalho, participa, em Londres, na Inglaterra, do LIDE Brazil Conference. O evento, que acontece entre os dias 20 e 21 de abril, debate economia, desenvolvimento social, meio ambiente e agronegócio. Lá estão também os ministros Carlos Fávaro (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), além do e senador Rodrigo Pacheco.
À frente do painel “Meio Ambiente: o novo posicionamento do Brasil ”, o governador apresentou as ações que estão sendo desenvolvidas pelo Estado para preservação e regeneração do bioma amazônico. Barbalho apresentou a bioeconomia como alternativa de desenvolvimento socioeconômico da região.
“A partir da bioeconomia nós podemos construir um novo cenário econômico. Chamo atenção dos presentes para importância de darem atenção para essa nova atividade econômica do nosso país. A bioeconomia, a partir de investimentos em inovação, tecnologia e pesquisa permitirá a alavancagem de novos negócios”, explicou.
O governador detalhou de que forma essa cadeia irá se desenvolver, destacando a participação das comunidades nesse processo.
“São novas oportunidades que irão gerar empregos verdes e demonstrar ser possível conciliar o desenvolvimento e a sustentabilidade. Dentro do Plano de Bioeconomia do Estado do Pará, construído a partir da escuta dos povos tradicionais e ancestralidades, apresentado na última COP no Egito, identificamos, a partir de 43 tipos de produtos, a alavancagem de US$ 120 bilhões de dólares em negócios”, detalhou.
O chefe do executivo estadual, porém, ponderou ainda que o Brasil ainda não percebeu na bioeconomia a viabilidade econômica e sustentável como tendência para um futuro próximo.
“Isso é algo novo e que o Brasil ainda não se despertou. Certamente se olharem as janelas de oportunidades globais, irão perceber o quanto a bioeconomia é a agenda oportuna que permitirá com que o mundo possa dialogar com os negócios, mas acima de tudo, com a sua biodiversidade. Sendo o Brasil o país com a maior biodiversidade tropical do planeta, não podemos perder a oportunidade”, frisou.
Aproveitando a presença de parlamentares brasileiros, Helder Barbalho cobrou a necessidade do Congresso Nacional regulamentar de forma urgente o Marco do crédito de carbono. O governador acredita que, com a medida, será possível aproveitar o potencial de conservação da biodiversidade no país.
“Não podendo perder a oportunidade, quero aproveitar a presença de parlamentares e destacar que o Brasil precisa construir o seu Marco legal do mercado de crédito de carbono regulado. Neste momento, estamos assistindo a um mercado voluntário, mas o Brasil precisa ter as bases legais que possam sustentar com que um mercado regulado, com bases claras e transparentes juntas, com uma legislação firme possam alicerçar essa, que certamente, será a maior e mais importante política para aliar a floresta viva e floresta em pé como uma nova commodity”, asseverou.
Barbalho informou que ainda neste ano, o Pará pretende abrir concorrência para concessão de pelo menos três áreas públicas estaduais, com objetivo de conservação e comercialização de créditos pelo mecanismo de REDD+. As áreas somarão aproximadamente 4.200.000 hectares. “Buscamos a conservação das áreas de forma eficiente, com reversão de benefícios sociais e econômicos para as comunidades do entorno, valorizando a floresta viva”, disse.
Fonte: Agência Pará