Termina no domingo, 30, a Primeira Etapa 2023 da Vacinação contra a Febre Aftosa em Faro e Terra Santa, no oeste do Pará. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) alerta que o prazo dessa 1a Etapa, que iniciou em março deste ano, não será prorrogado e lembra os produtores que já vacinaram o seu rebanho que eles devem fazer a declaração da vacina na Unidade Local de Sanidade Agropecuária ou no escritório da Agência no seu município.
Nesta etapa da campanha nos dois municípios paraenses, deverão ser vacinados animais de todas as idades. O prazo para comprovar a vacina vai até o dia 15 de maio.
Localizados na divisa com o Amazonas, os municípios de Faro e Terra Santa seguem o calendário de vacinação daquele estado por causa do fenômeno das cheias dos rios que interferem nas pastagens e na oferta de nutrientes.
Este ano, a Adepará por meio da equipe que atua na região também participou da abertura da campanha no município de Nhamundá, no Amazonas, que faz limite com Faro e Terra Santa. Além da vacinação feita pelo próprio produtor, os técnicos da Adepará realizaram 40 vacinações oficiais em Faro e 45 em Terra Santa.
A veterinária Roberta Fulco, fiscal agropecuária da Adepará, diz que o êxito da vacinação nessa etapa específica que atende às peculiaridades da região oeste do estado alcança êxito em função da parceria entre as prefeituras dos municípios paraenses e amazonenses, por onde o gado transita, e os produtores rurais.
“Essa parceria entre os diversos atores da cadeia produtiva garante vacina a preço acessível ao produtor e faz com que ele entenda a importância de vacinar o rebanho para manter o status de zona livre de aftosa com vacinação”, disse a veterinária.
De acordo com a Agência, o Estado possui atualmente um rebanho de mais de 26 milhões de bovídeos, alcançando média de cobertura vacinal de 99.09%, sendo que o índice preconizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) é de 90%.
O gerente do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, George Santos, explica que a vacinação em Faro e Terra Santa ocorre em duas etapas e que nos meses de julho e agosto serão vacinados animais de 0 a 24 meses.
Ele antecipa que no ano que vem, tanto o Amazonas quanto o Pará devem retirar a obrigatoriedade da vacina e cumprir outras medidas sanitárias estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
“Nós entendemos a retirada da vacina como uma evolução do Serviço Veterinário Oficial e a certeza de que podemos retirar essa proteção e intensificar a vigilância, mantendo assim o Estado livre de febre aftosa sem vacinação”.
Certificação
O Pará tem comprovado ausência do vírus da febre aftosa no seu território há 18 anos, sendo certificado internacionalmente como livre de febre aftosa com vacinação desde 2018. Entretanto, a manutenção desse status depende da execução de ações de vigilância sanitária do PNEFA, que tem como objetivo identificar precocemente qualquer suspeita de reintrodução do vírus, para a contenção imediata, sem demais prejuízos para a economia. Tais ações têm sido executadas pelo Serviço Veterinário Oficial rotineiramente a fim de salvaguardar o patrimônio pecuário paraense.
O Estado segue com o cronograma de vacinação dividido em 5 etapas abrangendo todos os municípios.
Etapas da vacinação:
Março e Abril: Faro e Terra Santa – vacinação com faixa etária para todos os bovídeos.
Maio: Etapa contempla 127 municípios – vacinação com faixa etária para todos os bovídeos.
Julho e Agosto: novamente Faro e Terra Santa – vacinação para bovídeos de 0 a 24 meses.
Agosto a Outubro: Etapa Marajó – vacinação de bovídeos de todas as idades.
Novembro: novamente em 127 municípios – vacinação de bovinos e bubalinos de até 2 anos de idade.
Fonte: Adepará