A apicultora Joelma Nunes, de Primavera, nordeste do estado, preside uma cooperativa de agricultura familiar com 20 cooperados. A experiência tem dado um resultado positivo para os colaboradores.
“Como estamos começando, não temos uma grande produtividade, mas já conseguimos tirar 10 toneladas de mel esse ano. Na minha produção individual, eu fiz um planejamento para conseguir tirar três toneladas em 2023. A gente está cada vez mais crescendo na atividade. Estamos nos atualizando com tecnologia e eu estou muito feliz de poder contar com as instituições estaduais pelo apoio”, comemora a agricultora.
O Pará é o estado da região Norte que possui a maior cadeia produtiva das abelhas (apicultura e meliponicultura), respondendo por 65% do total da região.
Órgãos estaduais apoiam a atividade, com o fortalecimento da infraestrutura dos produtores paraenses, aquisição de equipamentos, capacitações, incentivo à realização e participação em eventos, garantia da sanidade da produção, assistência técnica, entre outras assistências.
O engenheiro agrônomo Adriano Fonseca, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), explica como o órgão presta assistência técnica e faz a extensão rural dos apicultores.
“Trabalhamos com cursos e oficinas sobre criação de abelhas, orientação técnica no manejo principalmente para produção de mel, emitimos CAF (cadastro nacional da agricultura familiar) para que os apicultores tenham acesso às políticas públicas e ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), como sendo o início da legalização ambiental. Também fazemos a elaboração de projeto através do PRONAF, junto aos agentes financeiros, orientamos e apoiamos os mesmo nos programas de PAB (Programa Alimenta Brasil) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar)”, pontua Adriano.
Números
Para este ano, estima-se que Capitão Poço, o maior produtor de mel do Estado, produza 150 toneladas do produto. O segundo do ranking é Bragança, cuja produção estima-se que, para 2023, seja de 50 toneladas de mel de abelha do gênero Apis (abelha com ferrão) e também mel de abelha sem ferrão (melíponas).
Para a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), é importante que os produtores se cadastrem junto à Agência para garantir a defesa e inspeção sanitária da atividade.
“O ‘Programa Saúde das Abelhas’ é uma iniciativa sanitária que busca prevenir, controlar e erradicar doenças das colmeias. Um dos objetivos do programa é cadastrar os criadores de abelha. Isso é muito importante para ter um controle e mapear a atividade. Através do cadastro, a gente tem um controle de trânsito, por conta do risco sanitário. Há estados que têm doenças que nós não temos notificação aqui no estado. Por isso é fundamental se cadastrar para essa prevenção e controle”, ressalta Samyra Albuquerque, gerente do Programa Estadual de Saúde das Abelhas.
Já a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap) trabalha no fomento da cadeia produtiva das abelhas. “O Pará tem um potencial muito grande de produção. Temos como incentivar a linha de crédito para aumento da produção. Nós podemos levar a instituição e parceiros até o produtor para facilitar esse trabalho conjunto. É importante ressaltar que temos que trabalhar com base no cooperativismo. Esse ano a gente deve avançar em números, em cadastros, para promovermos um olhar mais atencioso para a cadeia produtiva”, destaca Andrio de Andrade, técnico agrícola da Sedap, responsável pela área de cadeia produtiva das abelhas.
Serviço
Os criadores de abelhas que quiserem mais informações sobre o programa da Adepará devem acessar o site da Agência, o www.adepará.pa.gov.br, ou enviar email para os endereços eletrônicos do programa gpnsab@gmail.com e pesab@adepara.pa.gov.br.