Nesta semana, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o Pará Terra Boa tem publicado conteúdos sobre ações de manutenção da floresta em pé no nosso estado. Neste sentido, o PlanBio é um grande aliado para preservação da Amazônia, por ter o objetivo de impulsionar a economia paraense de maneira sustentável e promissora,
Apresentado durante a 27ª Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP 27, realizada em novembro de 2022, no Egito, o Plano Estadual de Bioeconomia é um programa inovador por promover uma economia de baixo carbono, valorizando o conhecimento tradicional e utilizando soluções baseadas na natureza.
“O Plano de Bioeconomia está pronto para ser a construção do amanhã no Estado do Pará. Para que a partir da bioeconomia a gente consiga gerar emprego, renda, garantir uma solução não só ambiental, mas que seja inclusiva socialmente, que seja sustentável no âmbito do uso da terra, mas acima de tudo, que seja sustentável para empregar pessoas e garantir renda para nossa população”, afirmou Helder Barbalho, durante o lançamento do plano.
Potencial do programa
Com mais de 92 ações estruturadas, o PlanBio abrange três eixos temáticos fundamentais: pesquisa, desenvolvimento e inovação; patrimônio cultural, genético e conhecimento tradicional associado; e cadeias produtivas e negócios sustentáveis.
Uma das primeiras ações concretas desse projeto foi a promoção do Biobusiness, realizado em março deste ano, na cidade de Belém. Esse evento proporcionou a criação de oportunidades e ambientes catalisadores para o desenvolvimento de negócios baseados na biodiversidade. O Biobusiness se configurou como um espaço de inovação e interação entre os setores de produção, investimento, mercado, pesquisa, governo e sociedade civil.
A criação de cadeias produtivas e negócios sustentáveis é outro aspecto importante do programa. O Pará possui um potencial significativo para desenvolver atividades econômicas ligadas à bioeconomia, como a produção de alimentos, cosméticos, fármacos e produtos florestais não madeireiros. Essas atividades são fundamentais para gerar empregos, renda e desenvolvimento regional, ao mesmo tempo em que preservam o meio ambiente e promovem a sustentabilidade.
Fortalecimento da agricultura sustentável
Um dos principais eixos do plano de bioeconomia do Pará é o fortalecimento da agricultura sustentável. Com solos férteis e um clima favorável do nosso estado, está sendo incentivada a adoção de técnicas agrícolas que preservem o meio ambiente, como o manejo adequado do solo, a utilização de técnicas de plantio direto e o uso racional de agroquímicos.
Além disso, a indústria florestal também ganha destaque. A produção de madeira de maneira legal e responsável, aliada à exploração de produtos florestais não madeireiros, como óleos vegetais, resinas e frutos, abre novas oportunidades econômicas para a região.
O governador Helder Barbalho enfatizou recentemente que não vê a bioeconomia como um substituto à agricultura e à pecuária. Ele acredita que o estado não precisa derrubar mais árvores para se tornar um dos maiores produtores de proteína animal ou subir nas posições de produtor de soja no País.
“Tem gente que acha que tem que acabar com a pecuária na região. Eu não. Mas tenho dito em todos os lugares que vamos combater a ilegalidade ambiental com todas as forças do Estado. Meio ambiente e agropecuária não são excludentes”, disse o governador em entrevista ao Reset.
O plano de bioeconomia do Pará foi o primeiro elaborado por um estado brasileiro, enquanto o governo federal também está desenvolvendo o seu. Esse plano identificou 43 produtos que têm potencial para gerar receitas anuais de US$ 120 bilhões.
Para atrair investimentos, foram indicadas ações como a incubação de startups, a criação de um bioparque como centro de conhecimento e pesquisa, bem como políticas públicas e linhas de financiamento voltadas para a pesca artesanal, entre outras iniciativas.
Concessão de florestas públicas
Como já publicamos aqui no Pará Terra Boa, um programa aguardado com grande expectativa por investidores e empresas é o de concessão de áreas públicas para reflorestamento, que está em desenvolvimento pelo governo do estado. O Pará estabeleceu a meta de restaurar 5,4 milhões de hectares até 2030.
“Buscamos a conservação das áreas de forma eficiente, com reversão de benefícios sociais e econômicos para as comunidades do entorno, valorizando a floresta viva”, disse Barbalho durante o LIDE Brazil Conference, que ocorreu em abril.
Na COP26, em Glasgow, representantes do governo foram questionados sobre os planos concretos para atingir essa meta. Agora, na COP28, que ocorrerá este ano em Dubai, o governo paraense promete apresentar como pretende alcançar essa meta, com as concessões florestais para o restauro sendo um dos pilares desse plano.