O desmatamento na Amazônia Legal caiu 31% no acumulado de janeiro a maio, em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quarta-feira, 7/6. Em termos de área desmatada, foram 1.986 km² contra 2.867 km².
Em maio, a queda foi 10%, em relação ao mesmo período de 2022. Ao todo, foram 812 quilômetros quadrados (km²) de áreas degradadas no último mês.
De acordo com o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, 20 municípios concentram 55% do desmatamento registrado nos primeiros cinco primeiros meses deste ano. Oito deles estão no Mato Grosso, seis no Amazonas, quatro no Pará, uma em Rondônia e outra Roraima. Altamira (PA) é terceira cidade que mais desmatou, respondendo por 4.9% de toda destruição.
O Ibama trabalha de maneira forte com foco no combate do Desmatamento da Amazônia. estamos utilizando as ferramentas que temos e que não eram utilizadas, como a base tecnológica — disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
O representante do Ibama anunciou aumento nas multas, apreensões e embargos este ano. Conforme dados do órgão fiscalizador, de janeiro a maio, foram mais de R$ 2 bilhões de multas aplicadas, 1.563 propriedades embargadas (68% a mais) e 982 apreensões (107% a mais).
Vamos ser duros para baixar o desmatamento. Não dá para continuar perdendo um milhão de hectares por ano na Amazônia, e para isso precisamos de regularidade, disse Agostinho
De acordo com Andre Lima, quase a metade é desmatamento dentro do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Ele afirmou que agora as ações do governo vão focar em autuar e até suspender o cadastro rural dos proprietários onde há desmatamento ilegal. Lima disse ainda que 21% do desmatamento da Amazônia Legal foi em assentamentos e 15% em áreas de florestas publicas não destinadas.
“Não temos no Brasil mais nenhum cadastro ambiental rural incidindo sobre terra indígena”, disse o secretário-executivo do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco.