O desmatamento na Amazônia Legal registrou queda de 33,6%, no primeiro semestre de 2023 em comparação com 2022. O Pará também reduziu o desmate em 32,6%. O número fez com que o estado saísse da primeira para segunda posição no ranking dos que mais desmatam.
Os dados foram divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), na tarde desta quinta-feira, 6, com base nos dados do sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“O Pará, mesmo registrando queda desde 2021, vinha liderando os números de desmatamento na região, mas perdeu para o Mato Grosso e este ano reduziu o desmatamento em mais de 32%”, avalia o secretário executivo do MMA, João Paulo Capobianco.
Segundo o secretário, houve no período um esforço para reverter a curva de crescimento do desmatamento registrado nos últimos 7 anos.
De janeiro a junho de 2023, foram registradas 2.649 áreas de alerta de desmatamento na Amazônia contra 3.988 registradas no mesmo período do ano passado. No Pará, as áreas destruídas caíram de 1.105, para 744, neste semestre, em relação a 2022.
A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou as ações do Governo Federal para atingir a meta de desmatamento zero, como “o aumento da fiscalização, o aumento dos embargos feitos pelo Ibama, a ação coordenada junto com os estados e um processo de dissuasão, mostrando que não haverá conivência com a criminalidade”.
Segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, de janeiro a junho, houve mais de 2,3 bilhões de reais em multas aplicadas, montante 167% maior que o do ano passado. Além disso, houve 2.086 propriedades embargadas (111% a mais) e 1.283 apreensões (115% a mais).
A nota triste é que, de acordo com os registros, 20 municípios concentraram 50% dos alertas de janeiro a junho de 2023. Seis deles estão no Pará: Altamira, São Félix do Xingu, Medicilândia , Itaituba, Portel e Jacareacanga