Apesar de conter a maior biodiversidade do mundo e de 70% da matéria-prima exportada da Amazônia serem espécies alimentícias, o desenvolvimento de tecnologias e soluções para o ganho de escala de alimentos da floresta ainda tem baixa visibilidade e competitividade no cenário nacional e mundial.
A afirmação consta do relatório “Ecossistema de Alimentos da Amazônia”, que tem o objetivo de dar mais visibilidade e acesso a soluções de base florestal, detalhando as principais temáticas acerca do desenvolvimento do eixo de alimentos na bioeconomia da floresta. A ideia é fornecer informações que possam servir para fomentar negócios no bioma, sempre respeitando o meio ambiente e as populações que ali vivem.
Elaborado pela desenvolvedora de negócios pelo clima Ateha, por meio do ekuia Amazônia food lab, em parceria com a RG Think Food, o documento, publicado em primeira mão pelo site Um Só Planeta revela que as empresas da Amazônia brasileira exportam 64 ingredientes da floresta, que dão origem a um total de 955 produtos diferentes, com uma receita anual média de quase US$ 176 bilhões.
“Apenas 0,7% das foodtechs da Amazônia chegam a um cenário de inserção significativa no mercado – seja por falta de conhecimento e articulação com os cenários locais, ou pela constante cultura de isolar a floresta da economia de base, diz o relatório
Sobre as potencialidades não exploradas da Amazônia – “seja nos ouriços de
castanha-do-brasil gerando energia, seja nos saberes e sabores locais que são praticados em populações tradi-
cionais” -. a nutricionista Heloísa Guarita, CEO da RG, afirma que “a Amazônia é uma espécie de índice onomástico da biodiversidade do nosso planeta”.