Representantes do Pará apresentarão ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), na quinta-feira, 13, um documento contendo medidas protetivas para contenção e prevenção da monilíase nas plantações de cacau e de cupuaçu nos estados da região Norte.
A doença é causada pelo fungo Moniliaphthoraroreri, que acarreta lesões no interior do fruto e progride para a parte externa, o que ocasiona manchas, necrose e a formação de um pó branco.
No documento, que será entregue ao ministro da agricultura pelo titular da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Giovanni Queiroz, constará o encaminhamento das preocupações e reivindicações com relação às medidas protetivas.
A carta, que será finalizada nesta quarta-feira (12), terá a contribuição de representantes dos estados do Pará, Amazonas, do Acre e de Rondônia, que estiveram reunidos na terça-feira, 11, na sede da Sedap, para apresentar um panorama das ações que estão sendo realizadas para combater a monilíase.
O Pará e Rondônia não apresentam nenhum foco registrado, diferente do que ocorre no Acre que registrou o primeiro foco em 2021 e no Amazonas, que manifestou o início da doença no final do ano passado.
Como advertiu Queiroz, há, portanto, a necessidade da intensificação das ações preventivas e de combate aos focos com a máxima urgência para evitar que chegue ao Pará, em especial, onde mais de 30 mil produtores sobrevivem da cultura cacaueira.
“A chegada da monilíase acarretaria num imenso prejuízo à cultura cacaueira. Nós temos a necessidade de um aporte maior de ações que o Ministério da Agricultura e Pecuária(Mapa)pode nos dar”, avaliou o secretário.
Ele frisou que o Mapa já tem posições com relação à monilíase, que é uma preocupação de alguns anos.
“Vamos buscar junto ao Governo Federal uma sensibilização ainda maior para que ele nos socorra com ferramentas que nos permita melhor combater esta praga que, sem dúvida nenhuma, seria desastrosa particularmente para nós do Pará. Nós produzimos mais de 90% do cacau da Amazônia, somos exportadores, temos a melhor amêndoa do mundo e seríamos penalizados fortemente com a entrada da monilíase”, destacou chefe da Sedap.
De acordo com Queiroz, com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau), já foram investidos cerca de R$ 2,5 milhões em ações preventivas contra a monilíase.
Fonte: Agência Pará