Começa nesta terça-feira, 8, em Belém, a Cúpula da Amazônia, evento que reunirá chefes de Estado de países amazônicos para discutir iniciativas para o desenvolvimento sustentável na região.
Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a cidade receberá os presidentes da Bolívia, Colômbia, Guiana, do Peru. Equador e Suriname, por questões internas dos dois países, enviarão representantes. Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, desmarcou de última hora por estar com otite. Em seu lugar, veio a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez.
Um dos objetivos da Cúpula da Amazônia, que terminará na quarta-feira (9), é fortalecer a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), organização internacional sediada em Brasília.
Também participam representantes da Noruega e da Alemanha, os maiores doares do bilionário Fundo Amazônia, que financia projetos de preservação da floresta. O presidente da França, Emmanuel Macron, também era esperado, mas declinou do convite.
A cúpula tem início após a realização dos Diálogos Amazônicos, evento que reuniu representantes de entidades, movimentos sociais, academia, centros de pesquisa e agências governamentais do Brasil e demais países amazônicos com o objetivo de formular sugestões para a reconstrução de políticas públicas sustentáveis para a região. O resultado desses debates será apresentado na forma de propostas aos chefes de Estado durante a cúpula.
A ideia é que os países acolham algumas das propostas recebidas no encontro. Mas cada um tem autonomia para acolher as sugestões que entender melhor para si. No caso do Brasil, o governo já anunciou que criará condições para a sociedade civil acompanhar o andamento das políticas públicas que forem adotadas.
Ao final do evento, os países assinaram a Declaração de Belém, documento final da Cúpula que será divulgado nesta terça, ao final do encontro.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, disse à Agência Brasil que há, por parte do governo brasileiro, interesse político em criar mecanismos que, com transparência, permitam o acompanhamento, por parte da sociedade civil organizada, da implementação das propostas, bem como para eventuais atualizações que se façam necessárias.
“O acompanhamento do conjunto de propostas do Diálogos Amazônicos, no âmbito do Brasil, será feito pela Secretaria-Geral da Presidência da República, mas tem também vários instrumentos. Por exemplo, o PPA [Plano Plurianual] que está sendo construído. Tem propostas daqui que podem ser incorporadas ao PPA”, afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, durante os eventos dos Diálogos Amazônicos.