Para combater o garimpo ilegal no interior das Unidades de Conservação (UC) e das Reservas Extrativistas (Resex) do Rio Iriri e do Riozinho do Anfrísio, o Ibama atuou, em ação conjunta com a Polícia Federal (PF), Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no dia 5 de agosto.
Ao todo, foram apreendidos e destruídos três grandes acampamentos, que contavam com 15 barracos, três pontos de apoio logístico e um estoque de peças para tratores, além de seis motores estacionários utilizados na extração de minerais do solo, 500 litros de combustíveis, três geradores, duas bombas de água e uma ponte, construída sem licença do ICMBio, que dava acesso às áreas de garimpo. A ação resultou, ainda, na apreensão de telefones móveis que passarão por perícia da PF. Após a chegada dos agentes públicos, os garimpeiros fugiram.
As apreensões e destruições foram feitas conforme o Decreto Federal n ° 6514, de 22 de julho de 2008, que determina que produtos, subprodutos e instrumentos utilizados em práticas de infração ambiental poderão ser destruídos ou inutilizados, quando necessário, para evitar o uso e aproveitamento indevidos em situações de risco ao meio ambiente e à população.
As UCs foram invadidas por organizações criminosas que promovem o garimpo ilegal nas reservas que compõem a “Terra do Meio”. A Terra do Meio é um mosaico de Unidades de Conservação e Terras Indígenas (TI) que conservam a Floresta Amazônica e o cotidiano dos indígenas e ribeirinhos que vivem às margens dos rios Xingu, Iriri e Anfrísio.
O garimpo ilegal na região representa séria ameaça à biodiversidade e ao modo de vida dos povos que habitam o local, com a destruição de grandes áreas de floresta, degradação do solo, contaminação da água e criminalidade.