Com o início do período crítico de incêndios florestais na maior parte do Brasil, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País, as mais afetadas, acenderam os sinais de alerta.
Na terça-feira, 22, o Ibama deu início às atividades de 2023 do Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman) com o objetivo de buscar soluções conjuntas para o combate a incêndios florestais e queimadas, cada vez mais frequentes, devido ao avanço dos eventos climáticos extremos.
Por meio do site Ciman Virtual, que é atualizado diariamente a partir do monitoramento de incêndios e áreas queimadas, com fotos, mapas e outros recursos, o centro disponibiliza informações à sociedade.
“Contamos com 2.108 brigadistas, ou seja, um aumento de 17% da força-tarefa, que hoje tem uma atuação direta numa área de 300 mil km². No entanto, precisamos, também, elaborar planos de ação específicos para todos os biomas do país”, disse o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, sobre o desafio no combate aos focos de incêndio no país.
A coordenadora-geral Prevfogo, Flávia Saltini, destacou a importância da integração interinstitucional permanente: “devemos fortalecer, não apenas neste momento operacional, de pronto atendimento, como também em ações de prevenção e planejamento para combate aos incêndios florestais”.
A meteorologista do LASA/UFRJ, Renata Libonati, citou a preocupação com a série de eventos climáticos extremos que tem ocorrido este ano, em especial com o agravamento do El Niño – fenômeno natural de aquecimento das águas do Oceano Pacífico.
“A região Amacro, junção das fronteiras da Amazônia, Acre e Rondônia, apresenta focos de incêndio acima da média. Amazônia e Cerrado também estão entre as regiões mais atingidas pelo fogo”, disse.