A seca que afeta a região amazônica está causando prejuízos significativos aos pecuaristas no sudeste do Pará, especificamente em Bom Jesus do Tocantins, onde mais de 100 cabeças de gado já morreram devido à falta de pasto, que é a principal fonte de alimentação para os animais na região, segundo o g1.
Enquanto a seca persiste, a expectativa dos criadores é que a chuva venha para evitar maiores perdas. A previsão, porém, é de mais dias secos e quentes, com temperaturas de até 37ºC na região sudeste do Pará.
A estiagem deste ano está sendo mais intensa do que nos anos anteriores, e a Defesa Civil da cidade relatou 110 mortes nas últimas semanas. Bom Jesus do Tocantins, com uma população de 18 mil habitantes, possui 258 mil cabeças de gado registradas junto à Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará.
“É uma perda considerável, tem agricultor que perdeu em torno de 30 gados, outro, 15. Está vindo em uma velocidade tão rápida que o município não estava preparado para responder essas ocorrências, tendo em vista que nós nunca passamos por isso”, afirma Nandiel Nascimento, coordenador da Defesa Civil de Bom Jesus do Tocantins.
Os pastos, que costumavam ser verdes e exuberantes, estão secos ou mortos devido ao calor e à falta de chuva. Isso está causando dificuldades para os pecuaristas manterem seus rebanhos, que estão magros e debilitados.
Os criadores de gado estão tentando alimentar os animais com milho, soja e sal como alternativa, mas isso eleva significativamente os custos de produção, o que é problemático para muitos pecuaristas, especialmente os de agricultura familiar.
O pecuarista Mauro Lúcio, proprietário da Fazenda Marupiara, de Paragominas, prentende e capacitar pequenos produtores com metodologias mais produtivas e que sejam aliadas do meio ambiente, como o sistema Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), implantando na fazenda dele. Lá os efeitos das altas temperaturas são amenizados devido à ampla cobertura vegetal do imóvel.
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