De janeiro até o início de outubro, o Pará acumulou 20.505 focos de queimadas em seu território. Os dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) colocam o estado no topo do ranking desse problema no País. Amazonas e Mato Grosso aparecem na segunda e terceira colocação, com registros de 15.335 e 14.648 focos, respectivamente.
As informações dos satélites indicam que o período mais crítico no estado foi o mês de setembro, com um total de 9.507 focos, porém a situação já vinha se agravando nos meses anteriores. Em junho, foram 2.027 focos e, em agosto, o registro disparou para 6.725.
Os satélites apontam ainda os municípios de Altamira e São Félix do Xingu como os campeões nacionais de queimadas em 2023. Altamira já contabiliza 3.008 focos, enquanto que em São Félix do Xingu os indícios somam 2.520. Todas as demais cidades listadas no top 10 também fazem parte da Amazônia Legal.
Os números servem de alerta, já que as queimadas podem intensificar a devastação da floresta, principalmente nessa época em que a região amazônica passa pela estação seca, com altas temperaturas e redução das chuvas.
Apesar do número elevado, os dados históricos mostram que houve uma redução dos focos de calor no Pará. No mesmo período do ano passado, o estado tinha 27.973 registros, o que representa uma queda de 26%.
Em todo o ano de 2022, o Pará acumulou 41.421 focos de queimada. Os outros dois principais alvos foram o Amazonas, com um total de 21.217 e o Mato Grosso, com 21.054.
Ainda de acordo com o INPE, a Amazônia é o bioma mais afetado pelas queimadas, concentrando 51,6% das ocorrências. Somando os dados de todos os estados da região, o INPE detectou 59.869 focos de calor até então.
Em seguida, aparece o Cerrado com 32,8% dos focos e a Caatinga com 7,3%. Em todo o Brasil, os satélites encontraram 115.978 indícios de queimada em 2023.
Por Fabrício Queiroz