Os 1.125 hectares de floresta desmatados na Terra Indígena Apyterewa podem ter sido feito por meio do arremesso aéreo de agrotóxicos com o objetivo de facilitar o corte da vegetação do local.
De acordo com a Folha, o Ibama e a Funai suspeitam que a técnica, uma das mais agressivas e danosas para o meio ambiente, foi utizada na região após sobrevoarem a área durante operação que está sendo realizada no local, desde segunda-feira, 2. O objetivo é retirar os não indígenas e devolver a posse e o direito de seus territórios aos povos originários, como determinou a Justiça. Exames serão feitos para avaliação.
No local, vivem aproximadamente 2.500 indígenas das etnias Parakanã, Mebengôkre Kayapó e Xikrin, em 51 aldeias, além de indígenas isolados ou com recente contato. Os invasores, cerca de 15 mil pessoas, ocupam irregularmente parte das TI Apyterewa (homologada em 2007), em São Félix do Xingu, e a TI Trincheira Bacajá (homologada em 1996), localizada entre os municípios de São Félix do Xingu, Altamira, Anapú e Senador José Porfírio, no Pará.
A TI Apyterewa é uma das mais desmatadas do País.
Moradores próximos da área disseram para o Ibama que viram um avião aplicando o agrotóxico. A prática consiste em desfolhear com produtos químicos e depois, com uso de motosserras, derrubar árvores para, em seguida, colocar fogo e concluir a abertura da área, criando pastagens para o gado.
Esse processo tem um impacto significativo no meio ambiente, incluindo a remoção de vegetação natural, emissões de carbono devido às queimadas e possíveis alterações nos ecossistemas locais. O que resulta em problemas ambientais, como desmatamento, perda de biodiversidade e degradação do solo.
A quem interesse destruir nossas árvores, nosso solo, nossa riqueza natural?
São atitudes isoladas como essa que queimam a imagem do agronegócio brasileiro, que não pode ser confundido com invasores de terras, com desmatodres ilegais, com gente que desrespeita os diretos humanos e que destrói a natureza.