O governador do Estado, Helder Barbalho, participou, nesta quarta-feira, 18, de um encontro com o Papa Francisco, no Vaticano. Na ocasião, o chefe do Executivo Estadual convidou o sumo pontífice a visitar Belém durante um evento religioso que irá ocorrer antes da Conferência das Partes, a COP 30, que será realizada em novembro de 2025, e conheça o que tem sido feito pelo Pará em prol da preservação da floresta amazônica.
Ao lado do arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, o governador do Pará ressaltou que a visita do líder da igreja católica ao Pará será exemplo e importante gesto para a região, em um momento em que a agenda climática é cada vez mais crucial.
“É uma grande honra representar o Pará, a Amazônia e o Brasil e encontrar o Santo Padre e falar sobre a Amazônia. Ele que tanto tem demonstrado a sua preocupação com as urgências climáticas para cuidar das pessoas que vivem na nossa região e o chamamento para cuidar das pessoas que vivem em nossa região. E aqui, tive a oportunidade de convidá-lo, junto com Dom Alberto Taveira, nosso arcebispo metropolitano de Belém, para que o Papa Francisco possa ir à Amazônia dialogar com os amazônidas e com os nossos povos tradicionais, para que possamos construir juntos uma Amazônia sustentável, que cuide da floresta, do clima e das pessoas”, disse o governador.
Barbalho presenteou o pontífice com uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira dos paraenses, feita exclusivamente para o Círio 2023. e com 1,5 cm da corda utilizada neste ano, fabricada no Pará
“Pude falar ao papa sobre a COP, que será realizada em Belém em 2025 e também conversamos sobre a Amazônia. O papa tem, desde o Sínodo em 2019, demonstrado a sua preocupação e também no último dia 4 de outubro, quando a Santa Igreja, na encíclica, aborda as urgências climáticas, e o Santo Padre tem sido um grande líder em defesa do desenvolvimento sustentável, da Amazônia, da floresta e de seus povos”, explicou.
Fórum Mundial de Alimentação
Na terça-feira, 17, Helder Barbalho participou do Fórum Mundial da Alimentação (WFF, sigla em inglês), promovido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, na Itália.
No evento, ele defendeu soluções a partir da sociobioeconomia amazônica para o que considera os maiores desafios atuais: o da preservação ambiental e o da segurança alimentar, que afeta milhares de pessoas no mundo.
Firmando-se cada vez mais como um porta-voz na defesa de um novo modelo econômico baseado em floresta viva, com baixas emissões de gases de efeito estufa, justiça social e com preservação ambiental, Helder Barbalho destacou, com números, o potencial da bioeconomia como nova matriz econômica a ser impulsionada e lembrou que o Pará é o primeiro Estado do Brasil a desenvolver um Plano voltado para o segmento.
“A bioeconomia na Amazônia representa hoje a geração de 84 mil empregos diretos no Brasil, 347 mil de forma direta e indireta, agregando um valor ao nosso Produto Interno Bruto em um patamar de 12 bilhões de reais, portanto, ainda pequeno dadas as dimensões de oportunidades, além de um valor bruto de produção de 15 bilhões de reais. Mas quando estimamos a partir do conhecimento tradicional associado, da pesquisa aplicada e da perspectiva do que a bioeconomia pode representar para o nosso Estado, nós estamos falando da oportunidade de chegar, até 2037, a 120 bilhões de dólares em exportação de produtos oriundos da nossa sociobiodiversidade”, disse o governador.