O governador Helder Barbalho e os ministros das Cidades, Jader Filho, e o da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, anunciaram na quarta-feira, 15, um pacote de medidas para ajudar a combater os efeitos da seca severa que castiga principalmente a região oeste do Pará.
O anúncio foi feito após visita técnica realizada na comunidade ribeirinha de Igarapé da Praia, no interior de Santarém, e mostra a articulação entre a União e o estado para enfrentar a estiagem provocada pelas mudanças climáticas que potencializam os efeitos do fenômeno El Niño.
Uma das medidas é que os pescadores inscritos afetados pela seca no oeste e no sul do Pará receberão uma parcela extra de seguro-defeso, equivalente a dois salários mínimos (R$ 2.640).
“Nossa vinda ao local é para que possamos conhecer e entender a realidade do que está acontecendo aqui no oeste do Pará e, obviamente, com nossa presença aqui ser solidários a essas famílias que estão sofrendo essa seca”, adiantou o ministro.
Outra ação anunciada foi a homologação imediata do estado de emergência aos municípios que pedirem. Atualmente, 21 cidades do Pará estão em estado de emergência, reconhecido pelo governo federal. Em termos estaduais, são 24, de acordo com a Defesa Civil.
Entre as ações anunciadas pelo governo do Pará estão a continuidade da distribuição de cestas básicas e água, fornecimento de combustível nas comunidades e implantação do sistema simplificado de abastecimento de água comunitário. Segundo Helder, o Estado já distribuiu 10.592 cestas básicas a famílias da região.
O ministro Jader Filho anunciou que o governo federal liberou R$ 17,7 milhões a 13 municípios paraenses.
“Nos próximos dias vamos trabalhar para que, na próxima, mais quatro municípios sejam atendidos e investimentos ampliados na ordem de R$ 4,4 milhões de reais, para poder atender essas famílias que estão sofrendo toda essa realidade”, informou Jader Filho.
Waldez Góes disse que o valor a ser liberado pode chegar a R$ 25 milhões, por meio de ações articuladas da Defesa Civil e dos Ministérios da Saúde e da Pesca. Ele ressaltou que, na Amazônia Legal, 120 municípios enfrentam problemas associados à estiagem e advertiu que o número pode subir.