Sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), Belém deve enfrentar o desafio de aumentar a estrutura de hospedagem para receber o evento em novembro de 2025. Para acomodar os cerca de 50 mil visitantes esperados, a organização planeja a construção de novos hotéis, parceria com uma plataforma de hospedagem e até o uso de navios.
Segundo estimativas do setor hoteleiro local, Belém e a região metropolitana contam atualmente com cerca de 18 mil leitos. O número preocupa, pois, é abaixo da projeção de público, que chegou a 40 mil pessoas em Dubai, no ano passado.
Além de acomodações para os participantes, a capital precisa ainda aumentar o número de suítes presidenciais para atender os chefes de Estado e as delegações. Para isso, um dos projetos em desenvolvimento é a construção de dois novos hotéis cinco estrelas com 200 quartos cada. Segundo informações da Veja, esses empreendimentos serão instalados em dois imóveis públicos sem uso. Um deles é o da Receita Federal, que foi alvo de um incêndio em 2012, e o outro é do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que já conta inclusive com acordo firmado entre o Governo do Pará e o Ministério da Previdência.
Outra medida adotada foi a assinatura de um acordo com a plataforma Airbnb, que visa divulgar os serviços e aumentar o número de quartos e imóveis disponíveis para aluguel temporário. De acordo com a Veja, a parceria já está mostrando resultados, visto que sobrou a oferta de leitos desse tipo na cidade, passando de cerca de 700 para 1.400.
Além disso, o governo pretende usar hospedagens temporárias em navios. A ideia é que dois cruzeiros com capacidade para cerca de 10 mil pessoas fiquem atracados na cidade durante dos dias COP30. Para isso, no entanto, é necessária a dragagem do porto de Belém, que ainda aguarda a autorização do Governo Federal.
Diante dos desafios para melhor a infraestrutura da cidade para o evento, foi ventilada a possibilidade de que algumas reuniões da COP30 seriam realizadas em outras cidades brasileiras, como São Paulo e Rio Janeiro. A hipótese, no entanto, foi negada tanto pelo governo estadual quanto federal, que já criou uma secretaria extraordinária para organização da COP30 no Pará.