Toda iniciativa para conter a devastação da Amazônia não somente é bem-vinda como necessária. É o caso do “Flying Guardians”, modificação no Flight Simulator, da Microsoft, que permite sobrevoar a Floresta Amazônica e encontrar pontos de garimpo ilegal e desmatamento.
O Flying Guardians é um projeto que reuniu o Greenpeace, a agência AlmapBBDO e a Planet Labs, empresa que obtém imagens de satélite do planeta diariamente, segundo a CNN e O Antagonista.
“A ideia é que os jogadores possam sobrevoar esses dois territórios e ver a ocorrência do desmatamento e garimpo em tempo real”, explicou Jorge Dantas, porta-voz de Povos Indígenas no Greenpeace.
Dessa forma, o usuário consegue usar o simulador como uma ferramenta ambiental sem perder a experiência imersiva de sobrevoar qualquer lugar do mundo.
Para Anderson Silva, especialista em simulador de voos que esteve envolvido no projeto, o Flying Guardians criou uma espécie de missão aos usuários, que antes não exploravam a região por não haver nenhum tipo de interação no local.
“Hoje você nota que algumas pessoas já estão começando a sobrevoar a região. Essa interação que o jogo permite torna tudo mais interessante, porque desperta uma curiosidade. ‘Será que eu vou encontrar alguma coisa ali?’, vira um desafio”, explicou.
Na simulação, os jogadores podem acessar quatro torres de comando para informar as coordenadas geográficas de destruição nos Territórios Indígenas Munduruku e Yanomami, além de comandos para assinar o abaixo-assinado Amazônia Livre de Garimpo. Há também os canais tradicionais do próprio simulador, e outros canais do Flying Guardians que oferecem conteúdos informativos sobre o desmatamento, o papel da Planet Labs, narrativas fictícias e apoio ao jogador.