Os efeitos do aquecimento global estão cada vez mais evidentes. A mais nova prova disso veio com o novo relatório do observatório europeu Copernicus (CSS) que mostra que março de 2024 foi o 10º mês consecutivo classificado como o mais quente da história. As informações são da Agência Brasil e do G1.
Desde junho do ano passado, o mundo tem batido recordes de calor em todos os meses. As razões para isso são os impactos das altas emissões de gases do efeito estufa e o fenômeno El Niño, que aquece as águas do Oceano Pacífico e provoca alterações nos padrões climáticos.
Na prática, a combinação desses fatores levou o planeta a registrar temperaturas cerca de 1,58º C mais altas no comparativo com os níveis pré-industriais. Além disso, durante o mês de março, foi registrado pela primeira vez um dia com temperatura média global 2°C acima dessa mesma referência. Pelo Acordo de Paris, as nações devem atuar para conter o aumento da temperatura em até 1,5º C acima do nível da era pré-industrial.
“Ver registros como esse, mês após mês, nos mostra que realmente o nosso clima está mudando. Mudando rapidamente”, lamentou a vice-diretora do Copernicus, Samantha Burgess.
Ainda que a medição de temperatura feita pelo CSS adote um sistema diferente do utilizado pelo Acordo de Paris, que calcula as médias ao longo de décadas ao invés de meses, os dados revelados reforçam a necessidade de medidas para combater as causas do aquecimento, sobretudo às relacionadas à ação do homem, como a emissão de carbono e metano.
“A trajetória não está na direção certa”, pontuou Samantha Burgess.