Empresas, universidades, poder público, organizações do terceiro setor atuantes na Amazônia uniram forças para a criação da Rede de Inovação do Baixo Amazonas. Idealizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Pará, a iniciativa tem o objetivo de atuar como interface aceleradora, ajudando na coordenação entre as demandas e soluções para o empreendedorismo de impacto local, com foco especial para a bioeconomia.
A Rede foi lançada durante a primeira edição do Sebrae Summit Bio, realizado em Santarém, onde foram discutidas estratégias para o fortalecimento da bioeconomia e do empreendedorismo sustentável, visando as oportunidades criadas pela COP30, que ocorre em Belém em novembro de 2025.
“É o início de um trabalho que vai gerar impactos em políticas públicas, na educação básica e superior, na renda de famílias e também incentivar toda uma construção de cadeias de demandas e ofertas que se conectem. Também estamos falando de conectar demandas de grandes corporações com universidades, para que elas formem profissionais que atendam a essas demandas, que não necessariamente serão empresários, muitas vezes serão profissionais empregados”, esclareceu Rubens Magno, diretor-superintendente do Sebrae no Pará ao Um Só Planeta.
De acordo com a instituição, o alinhamento entre os diversos atores envolvidos e parceiros deve estimular a inovação e o crescimento sustentável dos negócios nesse setor responsável por movimentar cerca de R$ 12 bilhões por ano no PIB da região, segundo estudo da WRI Brasil. A ideia é que a estratégia baseada em apoio, capacitação e inovação crie um ecossistema autônomo capaz de gerar benefícios de forma perene.
“Queremos prepará-los para aproveitar as oportunidades que surgirão com a realização da conferência do clima no estado e também a ganhar escala a partir dela”, ressalta Rubens Magno.