Foi laçado na segunda-feira, 8, o Museu das Amazônias, um novo espaço cultural que será instalado no armazém 4 do Porto Futuro II. O museu é um dos principais legados da COP 30 e será entregue antes da realização do evento, em novembro de 2025. Ao unir conhecimento científico e saberes tradicionais da região, o museu vai contemplarr o povo, a história e cultura do norte do Brasil e dos oito países vizinhos que possuem parte da floresta Amazônica em seu território.
“Isto permitirá que nós possamos, no dia seguinte ao da COP, ter um legado que fará com que a cidade continue vivendo esse momento especial em que o Estado se consolida no protagonismo da agenda ambiental, atraindo oportunidades diversas para a sua economia e fazendo com que nós, paraenses, possamos ter a compreensão do patrimônio e do tesouro que nós temos”, disse o governador Helder Barbalho.
O espaço será um museu a céu aberto instalado no Porto Futuro II e terá quatro eixos temáticos: Amazônia Milenar – que promove os saberes ancestrais indígenas; Amazônia Secular – um olhar para os ribeirinhos, quilombolas, extrativistas, seringueiros, pescadores e outros povos que ocupam a região há séculos; Amazônia Degradada – alertando o risco sobre a região e o mundo; e Amazônias Possíveis – um debate sobre os rumos do bioma.
A composição do museu é fruto da participação da comunidade acadêmica e científica da Pan-Amazônia, com a colaboração da sociedade civil por meio de um cronograma de escutas sob coordenação do Museu Emílio Goeldi.
“Este é um projeto que faz brilhar nossos olhos, porque combina ciência, cultura, pesquisa, extensão, educação e sustentabilidade. Quando você bota ciência e cultura juntas, abrem-se horizontes muito diversos. Estamos falando de equipamento de difusão científica e cultural, que amplia as vozes da floresta, dos seus povos e da sua biodiversidade, reforçando o debate sobre a necessidade de construirmos hoje um desenvolvimento sustentável”, afirmou a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
O museu é uma parceria do BNDES com Governo do Pará, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e Instituto Cultural Vale. O MCTI anunciou investimento de R$ 20 milhões na iniciativa, enquanto o CAF doou 800 mil dólares. O BNDES participa com assessoria técnica e articulação de apoiadores.