O planeta Terra teve um novo recorde histórico de calor. Segundo o serviço climático do observatório Copernicus, da União Europeia, o domingo, 21, foi o dia mais quente já registrado, quando a temperatura média global atingiu 17,09ºC. O índice foi ligeiramente acima do recorde anterior de 17,08ºC registrado em 6 de julho de 2023.
O novo recorde global de calor acontece em meio a mais um verão intenso no Hemisfério Norte, marcado por altas temperaturas em diversas partes da Europa e da América do Norte. Ele também reforça uma trajetória preocupante: desde o verão do ano passado, as temperaturas médias globais seguem em um patamar superior à média histórica, batendo sucessivos recordes de alta temperatura.
“O que realmente impressiona é a diferença entre a temperatura dos últimos 13 meses e os recordes de temperatura anteriores”, afirmou o diretor do serviço climático do observatório Copernicus, Carlo Buontempo. “Estamos agora em um território verdadeiramente desconhecido e, à medida que o clima continua esquentando, estamos fadados a ver novos recordes sendo quebrados nos próximos meses e anos”.
De acordo com o Copernicus, a análise dos anos com as maiores temperaturas máximas globais diárias mostra que tanto 2023 quanto 2024 registraram máximas anuais substancialmente acima daquelas registradas nos anos anteriores. Outro dado preocupante é a sequência de anos com recordes históricos de calor: os dez anos com as maiores temperaturas médias diárias aconteceram na última década, de 2015 a 2024.
A temperatura média global já vinha em níveis quase recordes nos últimos dias, um pouco abaixo dos níveis de 2023. Segundo os meteorologistas europeus, o aumento recente está relacionado a temperaturas muito acima da média em grandes partes da Antártica, com baixa extensão da cobertura de gelo marinho naquela região. Essas anomalias também contribuíram para os recordes históricos de calor em julho do ano passado.
A expectativa é de que a temperatura média global diária aumente ainda mais nos próximos dias, tendo os dias 22 ou 23 de julho como potenciais picos, diminuindo posteriormente. A depender do desenvolvimento e da intensidade da La Niña no Pacífico, ainda é possível que 2024 feche como o ano mais quente da história, batendo o recorde de 2023