O governador do Pará, Helder Barbalho, decretou, nesta terça-feira, 27, situação de emergência em todo o Estado, proibindo a utilização de fogo, inclusive para limpeza e manejo de áreas, pelo período de 180 dias, podendo ser prorrogado.
Segundo o governador, a medida foi adotada em resposta à escalada de focos de queimadas no território paraense, agravada pela emissão de fumaça, baixo índice de chuvas e deterioração da qualidade do ar, especialmente em municípios sob forte pressão ambiental.
A decisão foi fundamentada após emissão de notas técnicas por parte dos órgãos de monitoramento, como o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas). Conforme os órgãos, foram destacados a escassez hídrica e os impactos do fenômeno La Niña em 2024, que têm exacerbado a vulnerabilidade da região a desastres ambientais, incluindo incêndios florestais.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pará registrou 14.794 focos de queimadas entre 1º de janeiro e 26 de agosto deste ano, ficando atrás apenas de Mato Grosso, que registrou 21.694 no mesmo período.
De acordo com o governador, a situação exige uma “medida dura, porém necessária para evitar os impactos ambientais nas áreas de queimadas e a repercussão nos nossos rios, que podem vir a sofrer com secas severas, atingindo as comunidades ribeirinhas e a população do estado do Pará”, declarou o governador.