O Pará começou oficialmente a identificar individualmente todo seu rebanho nesta quarta-feira, 11. A ação ocorreu no município de Xinguara, no sudeste paraense, onde o governador Helder Barbalho e a vice-governadora Hana Ghassan implantaram o primeiro par de brincos em um animal da região, que concentra o maior número de cabeças de gado do estado. Somente no município há mais de 500 mil bovinos e três frigoríficos com selo de inspeção federal.
A identificação faz parte do Programa de Desenvolvimento e Integridade da Pecuária, no âmbito do Sistema de Rastreabilidade Bovídea Individual do Pará (SRBIPA), lançado pelo governo na COP28. A meta é ter 100% do trânsito de bovinos rastreado individualmente até dezembro de 2025 e todo o rebanho até dezembro de 2026.
A partir de agora cada animal vai receber um par de brincos, que permite o monitoramento visual e eletrônico. Dessa forma, o gado passa a ser acompanhado em todas as etapas da vida, desde o nascimento até o abate, possibilitando que o mercado e o consumidor tenham garantias de que aquele animal não é oriundo de áreas onde há ou houve desmatamento ilegal ou qualquer outra violação ambiental.
“Isso garante um bom manejo na propriedade rural e, principalmente, lança informações de que é uma propriedade com licença ambiental, com cadastro ambiental rural regular. Portanto, é o estado do Pará mostrando que é possível compatibilizar sustentabilidade e boas práticas ambientais com o manejo do nosso gado para produzir bem, produzir preservando o meio ambiente”, disse Helder Barbalho em vídeo publicado nas redes sociais.
Antes de implantar os brincos no primeiro animal, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) promoveu a capacitação de fiscais e agentes estaduais agropecuários da região sudeste do estado, assim como o credenciamento e treinamento dos Operadores de Rastreabilidade (OPR), que vão atuar junto às fazendas.
Nas próximas etapas serão atendidos os produtores rurais das regiões nordeste, sudoeste e Baixo Amazonas; e por último, o arquipélago do Marajó.