Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o desmatamento no Pará teve queda pelo segundo mês consecutivo após um período de alta registrado em julho. Segundo o levantamento, a área sob alerta em setembro foi de 198 km², cerca de 37% a menos do que o detectado no mesmo período do ano passado, quando o desmatamento atingiu 315 km².
Em toda a Amazônia foi registrado desmatamento em 482 km² no mês passado, o que equivale a uma área 23% menor em comparação com setembro de 2024, quando os registros alcançaram 630 km².
“O registro de setembro de 2024 é o segundo menor de toda a série histórica, desde 2019, e se comparado com 2022, quando a área recoberta por alertas era de 531 km², temos uma redução ainda maior, de 63%. Isso mostra o quanto as ações do estado têm sido eficazes para combater o desmatamento e especialmente em um momento crucial como este, de combate a queimadas e em que os efeitos das mudanças climáticas se impõem”, comemorou o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Raul Protázio Romão, em entrevista à Agência Pará.
Apesar da queda, o Pará ainda segue como o estado líder em número de alertas na Amazônia Legal. O Mato Grosso aparece na segunda colocação com área desmatada de 146 km². Em seguida aparece o Acre e o Amazonas, com 77 km² e 59 km² de área afetada, respectivamente.
Em toda a região foi registrado desmatamento em 482 km² no mês passado, o que equivale a uma área 23% menor em comparação com setembro de 2024, quando os registros alcançaram 630 km².
O resultado também é positivo nos 15 municípios paraenses prioritários, onde estão concentrados mais da metade das taxas de desmatamento do estado. Segundo o Inpe, nessas cidades os alertas tiveram queda de 31%, cobrindo uma área de 117 km² em setembro deste ano contra 168 km² do ano passado.
“O Pará ter redução neste momento é a prova de que a fiscalização e o combate aos crimes ambientais seguem firmes e vêm dando resultados, mas não apenas isso. Com um conjunto de políticas públicas de transformação do uso da terra, estamos estimulando um processo de transição que vem comprovando que a floresta tem mais valor quando está de pé e viva e este resultado é mais uma evidência disso”, ressaltou o governador do Pará, Helder Barbalho.