Representantes das maiores economia do mundo encerraram nesta sexta-feira, 1º, em Belém, as atividades do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres (GTRRD) com a aprovação de uma declaração que reconhece a urgência do tema e as diretrizes que devem ser adotadas pelas nações. O resultado das discussões no Pará será levado à cúpula dos chefes de Estado que ocorre neste mês no Rio de Janeiro.
O GTRRD do G20 foi criado no ano passado durante a presidência da Índia, que apontou cinco prioridades: a necessidade de criação de infraestruturas resilientes a catástrofes e às mudanças climáticas, de sistemas de alerta precoce, de estratégias de financiamento para a redução de riscos, do investimento em recuperação, reabilitação e reconstrução em casos de desastres, além do incentivo à soluções baseadas na natureza.
Neste ano, com a presidência brasileira, foi incorporada uma nova diretriz que foca no combate às desigualdades. Agora, todos os países-membros chegaram a um consenso sobre o tema com a elaboração de declaração ministerial que destaca todos os seis pontos já defendidos.
“Ela vai ao encontro daquilo que o presidente Lula enquanto presidente pró-tempore do G20 tem discutido que é a redução da desigualdade e das vulnerabilidades, que tem relação direta com a redução dos riscos de desastres”, comemorou Waldez Goés, ministro da Integração e Desenvolvimento Regional.
Para o ministro das Cidades, Jader Filho, que também coordenou os trabalhos do GT, o principal avanço dos debates foi o reconhecimento de que a atenção dos governos deve se voltar às populações mais vulneráveis.
“Todos nós sabemos que os primeiros impactados são os mais vulneráveis, são os mais pobres. Foi isso que fizemos aqui: dar um passo adiante para proteger as nossas periferias, as nossas favelas, combatendo as desigualdades para que a gente possa reduzir de fato as vulnerabilidades”, ressaltou o ministro.
A expectativa é que o acordo sirva como orientação para as ações que serão adotadas no bloco, assim como possa inspirar outros países. Um dos aspectos trata, por exemplo, da importância de acelerar a implantação de sistemas de alerta sobre desastres para a população até 2027.
No caso do Brasil, os ministros informaram que o sistema do País contará com o suporte tecnológico das operadoras de telefonia e entrará em operação ainda em novembro, atendendo inicialmente as regiões Sul e Sudeste. As demais regiões serão incorporadas ao sistema ao longo do próximo ano.