Um total de 14 usinas termelétricas que operam no Pará movidas a óleo diesel serão desativadas até 2026. O plano foi apresentado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) durante a COP29 em Baku, no Azerbaijão, como parte da estratégia para a transição energética e fortalecimento da bioeconomia e, segundo a pasta, irá evitar a emissão de 276 mil toneladas de carbono na atmosfera.
Atualmente, as usinas atendem partes das regiões do Marajó e da Calha Norte que ainda não são atendidas pelo Sistema Interligado Nacional (SIN). Nessas localidades dependentes de geradores serão construídas de 20 a 25 novas linhas de transmissão que serão integradas ao sistema, garantindo assim maior oferta de energia firme e com menos riscos de desabastecimento.
“A proposta é levar energia sustentável a regiões remotas, como o Marajó e a Calha Norte, possibilitando o desenvolvimento de cadeias produtivas locais, como a agroindústria do açaí”, explicou o secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos.
Para o secretário, os benefícios para o desenvolvimento social e econômico serão os grandes impactos dessa iniciativa que tem o potencial de alavancar as atividades da bioeconomia que hoje tem a falta de energia como um dos seus principais gargalos.
“Já conseguimos cumprir metade da meta de descarbonização. Até 2026, com a conclusão de aproximadamente 12 novas linhas, esperamos evitar a emissão de mais 106 mil toneladas de carbono”, detalhou Rodolpho Bastos sobre os avanços e o alcance da meta.
Além disso, o plano de transição inclui projetos para descarbonização das empresas instaladas no complexo industrial de Barcarena com o uso de gás natural. Segundo o governo, a expectativa é que somente nesse setor a mudança da matriz energética leve à redução de 1 milhão de toneladas de carbono até 2026.