Um marco histórico. Nesta terça-feira, 17, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, lançou o Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos. A iniciativa tem como principais objetivos qualificar e aprimorar a rastreabilidade ao implementar um sistema de identificação individual que permitirá acompanhar e registrar o histórico, a localização atual e a trajetória de cada animal identificado.
A medida fortalecerá os programas de saúde animal, incrementará a capacidade de resposta a surtos epidemiológicos e reforçará o compromisso do Brasil com o cumprimento dos requisitos sanitários dos mercados internacionais. Além disso, fortalecerá o plano fortalecerá o Sistema Oficial de Rastreabilidade Bovídea Individual do Pará (SRBIPA), que visa identificar individualmente bovinos e bubalinos em todo o Estado até 2026.
“Não colocamos nenhum peso nos ombros de nenhum pecuarista brasileiro. Na realidade, o que nós estamos fazendo é prestar contas daquilo que eles já fazem, criando um sistema de rastreabilidade que ninguém no mundo tem. No controle sanitário, social e ambiental dos produtores, o regramento brasileiro é a régua mais alta do mundo”, destacou Fávaro.
O Plano, liderado pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), contou com a participação de entidades do setor privado. A implementação será gradual e ocorrerá ao longo dos próximos sete anos. Entre 2024 e 2026, será construída a base de dados nacional. Entre 2027 e 2029, terá início a identificação individual dos animais, com a previsão de atingir todo o rebanho até 2032.
O ministro também pontuou que o objetivo é dar transparência ao sistema produtivo, uma vez que o mundo tem exigido a transparência de boas práticas, sejam elas ambientais, sociais ou trabalhistas.
“E nós temos essa capacidade. Não precisamos ter medo de abrir a rastreabilidade do nosso rebanho. Ninguém no mundo cumpre legislações tão restritivas como os produtores brasileiros. O Brasil avança definitivamente para os melhores mercados do mundo, sendo o país mais competitivo para fornecer proteína animal”, completou o ministro.
Para o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, o plano permitirá ir além das garantias sanitárias e oferecer mais segurança a todos os elos da cadeia produtiva. De acordo com ele, o objetivo é assegurar que o valor agregado dessa produção continue a beneficiar o setor como um todo.
A iniciativa representa um avanço fundamental para a rastreabilidade animal no Brasil, trazendo benefícios significativos à sanidade e à segurança agropecuária do país. Entre os principais impactos positivos estão: o fortalecimento dos programas de saúde animal, com monitoramento contínuo e preciso; o aprimoramento da capacidade de resposta a surtos epidemiológicos, contribuindo para a mitigação de riscos; e o reforço do compromisso do Brasil com as exigências sanitárias e de qualidade dos mercados internacionais, impulsionando a competitividade dos produtos agropecuários no comércio global.