Da mesma forma que fez em seu primeiro mandato, o presidente do Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, o tratado internacional assinado em 2015 no qual quase 200 países concordaram em trabalhar juntos para limitar o aquecimento global.
Desta vez, porém, a decisão tem mais peso. No ano passado, o planeta registrou uma temperatura acima do 1,5 graus, pela primeira vez, e em 2025 se celebra 10 anos do Acordo de Paris. A expectativa é que a COP30, em Belém, seja uma conferência marcada pelo aumento da ambição e pela implementação das medidas prometidas pelos países em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa.
Apesar do anúncio, a saída não é imediata. Os Estados Unidos precisarão mandar uma carta para a ONU, organizadora da cúpula climática, informando sua intenção e aguardar por um ano até que a saída seja oficializada. Isso significa que o país comandado por Trump ainda pode participar da COP30. O convite para vir a Belém, inclusive, foi feito na segunda-feira, 20, pelo governador do Pará, Helder Barbalho. Mas Trump não deve vir.
Do ponto de vista das negociações, é de se esperar que os diplomatas norte-americanos fiquem na sombra, como já aconteceu da primeira vez que Trump tirou os EUA do acordo climático da ONU.