A corrida para aumentar o número de leitos de hospedagem em Belém para a COP30 tem aquecido os mercados imobiliário e turístico. Às vésperas do evento, um novo empreendimento foi anunciado na cidade com a construção de um hotel com 168 apartamentos no bairro do Reduto. A previsão é que o negócio entre em operação em outubro, antes do Círio de Nazaré e da conferência do clima.
De acordo com o Belém Negócios, o espaço terá a bandeira Mariott e contará com restaurante com vista para a Praça da República, piscina com borda infinita, academia, lobby com wine bar e quatro salas de convenção.
A área já estava em construção, mas com obras estagnadas. Agora, o projeto foi assumido pelo empresário Rômulo Maiorana Jr, que também está envolvido na construção de um hotel de luxo no antigo prédio da Receita Federal com 255 apartamentos e suíte presidencial.
O déficit da rede hoteleira de Belém é um dos desafios para a COP30, em novembro deste ano. A expectativa é que o evento atraia cerca de 50 mil visitantes, porém o número de leitos disponíveis é de cerca de 18 mil. Para ampliar a capacidade de acomodação, os governos federal e estadual trabalham para atrair investimentos e criar novas opções de hospedagem.
Atualmente, são três hotéis em construção em Belém e um em Castanhal, na região metropolitana. O apoio ao setor inclui ainda R$ 172 milhões do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) foram liberados para a modernização e reformas nos hotéis já existentes, a contratação de operadoras de navios de cruzeiro para oferecer hospedagem, a construção de quartos modulares de alto padrão para os negociadores dos países, a reforma de escolas para ofertar vagas em sistema de hostel e parcerias com plataformas de hospedagem de curta duração.
Segundo o governo federal, até o evento o número de leitos na cidade deve triplicar e isso terá impacto na redução dos valores cobrados. Uma plataforma com todos os leitos disponíveis também será lançada e vai facilitar a pesquisa de acomodações e dos melhores preços.