A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) concluiu a primeira etapa do projeto “Monitoramento e Diagnóstico de Qualidade das Águas Superficiais”, que tem o objetivo de implementar a maior rede de monitoramento da qualidade da água na Amazônia.
Até agora já foram coletadas amostras nos rios Guamá, Maguari, Caraparu, Benfica, Mocajatuba, da Região Metropolitana de Belém, e nos rios Itacaíunas e Parauapebas, no sudeste paraense, cujas bacias deságuam na capital.
A iniciativa é fruto da parceria entre a Semas, o Instituto Evandro Chagas (IEC) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) para caracterização e avaliação dos corpos d’água, o levantamento de dados sobre poluição e contaminação e a análise da capacidade de restauração natural dos corpos hídricos.
“A colaboração entre as instituições é crucial para o sucesso desse monitoramento em larga escala, a fim de fornecer dados expressivos para melhorar a qualidade de vida da população”, explicou à Agência Pará o pesquisador do IEC, Adaelson Medeiros.

O projeto terá duração de 60 meses ao longo dos quais serão realizadas 680 coletas, em 95 pontos, a cada 12 meses, totalizando 3,4 mil coletas em rios, mananciais, baías, igarapés e furos d’água em diferentes períodos (pontos chuvoso enchente, chuvoso vazante, estiagem enchente e estiagem vazante).
A expectativa é que o projeto ofereça dados para melhorar a gestão da água e melhorar estratégias de revitalização dos rios, despoluição e conservação dos recursos hídricos do estado. Além disso, o trabalho contribui para a capacitação de pesquisadores locais e o fortalecimento das políticas públicas de gestão hídrica.
“O monitoramento nas águas da Região Metropolitana de Belém é fundamental para expandir essa rede. Com os dados coletados, será possível identificar corpos hídricos críticos e elaborar políticas públicas para assegurar a qualidade da água para a população”, afirma Verônica Bittencourt, coordenadora de Planejamento em Recursos Hídricos da Semas.