O Pará registrou uma marca histórica na redução do desmatamento em fevereiro de 2025, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área sob alerta de desmatamento no estado foi de 15 km², uma queda de 72% em comparação com os 54 km² registrados no mesmo período de 2024. Este é o menor índice já observado desde o início do monitoramento em 2019.
O desempenho positivo não se limitou ao Pará, estendendo-se também à Amazônia Legal, que registrou uma redução de 64% em relação ao ano anterior. Na Amazônia Legal, a área sob alerta de desmatamento diminuiu em 146 km², passando de 227 km² em fevereiro de 2024 para 81 km² no mesmo mês de 2025
Nos municípios que anteriormente apresentavam cenários preocupantes, listados no Decreto n.º 2.887, que declara Estado de Emergência Ambiental, também foram observadas melhoras significativas.
Até fevereiro, a área sob alerta nesses municípios foi de 9,05 km², representando uma queda de 53% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O municípios são Altamira, Anapu, São Félix do Xingu, Pacajá, Novo Progresso, Itaituba, Portel, Senador José Porfírio, Novo Repartimento, Uruará, Rurópolis, Placas, Trairão, Jacareacanga e Medicilândia
Em todo o Pará, nesse período, os municípios com as maiores taxas de desmatamento foram Uruará com 6,07 km², Ulianópolis com 2,47 km² e Novo Progresso com 2,06 km². Em todas as demais cidades afetadas, a devastação foi inferior a 1 km².
“Este é um exemplo de que quando o Estado prioriza e implementa uma política séria de comando e controle, de desenvolvimento sustentável e de mudança no uso do solo, o resultado vem. E com essa redução registrada em fevereiro temos certeza de que estamos no caminho certo, e que essa é, sem dúvida, a comprovação do esforço e da dedicação dos nossos agentes que permanecem em campo por meio das operações Curupira e Amazônia Viva”, destacou o governador Helder Barbalho à Agência Pará.
O monitoramento do desmatamento no Pará é realizado pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe. Este sistema mapeia áreas devastadas e identifica tanto desmatamentos completos quanto degradações florestais causadas por atividades ilegais, como a extração de madeira e queimadas.