Às vésperas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém em 2025, produtores de cacau das regiões da Transamazônica e do Xingu divulgaram uma carta aberta ao governador Helder Barbalho e ao Conselho Gestor do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau).
O documento expressa o reconhecimento do papel do governo estadual e do Funcacau no desenvolvimento da cadeia produtiva do cacau. Os produtores solicitam a manutenção e a ampliação do apoio para a participação do setor em feiras, festivais e eventos internacionais de promoção.
Segundo a carta, o Pará se consolidou como o maior produtor de cacau do Brasil nos últimos anos, com um crescimento de 50% na produção em menos de uma década e o surgimento de mais de 150 marcas de chocolate paraense. Os produtores destacam que os festivais de chocolate e cacau têm sido fundamentais para essa transformação, promovendo não apenas o chocolate, mas toda a cadeia de valor da cacauicultura.
As cooperativas solicitam apoio logístico e financeiro para participar de eventos em 2025 em cidades como Belém, Altamira, Brasília, Lisboa, Porto, Paris e São Paulo. Eles também defendem que essas ações estejam integradas à programação oficial da COP30.
“Em pouco mais de dez anos, saímos de uma única marca de chocolate para mais de 150, com mudanças na mentalidade do consumidor e maior valorização do cacau amazônico”, afirma Sérgio Vieira, vice-presidente da Cooperativa Central de Produção Orgânica da Transamazônica e Xingu (CEPOTX).
A carta dos produtores também destaca o papel do Funcacau no financiamento de ações para o desenvolvimento da cadeia produtiva.
“A COP 30 representa uma oportunidade para o Pará exibir globalmente o valor de sua produção. Já conquistamos reconhecimento com o melhor cacau do mundo e almejamos seguir progredindo”, disse Ademir Venturin, presidente da Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (COOPATRANS).
Assinam a carta: CEPOTX, COOPERCAU, COPOPS, COOPATRANS, COPOTRAN, COOPOXIN e COOPCAO