Segundo a estimativa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), os agricultores de Almeirim, na região do Baixo Amazonas, podem ter acesso a um volume de crédito rural de até R$ 12 milhões, por meio da parceria com as duas agências do Banco do Brasil que atuam no município paraense, informou a instituição nesta segunda-feira, 14/03.
Os pecuaristas de corte e de leite das regiões da Estrada Nova, do Rio Jari e do Rio Paru, devem ser os principais beneficiados, conforme informou a Emater, no dia 10/03, a partir de linhas de crédito do Mais Alimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e de custeio pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).
“A previsão é de que os recursos e a formalização da união organizacional de esforços oxigenem ainda mais atividades socioeconômicas que sabemos fundamentais para o desenvolvimento sustentável de Almeirim, cobrindo áreas nunca antes financiadas”, avaliou o chefe do escritório da Emater, o técnico em agropecuária Elinaldo Silva.
Ainda será assinado neste mês um convênio entre Emater e Fundação Jari, a instituição social ligada ao Grupo Jari, que ajudará a fortalecer o atendimento especificamente na região do Distrito do Monte Dourado.
Trabalhando juntos
A gestão da Emater, o gerente geral da agência do BB de Laranjal do Jari, Bruno Cardoso, e representantes da Fundação Jari têm visitado propriedades para reconhecimento in loco da realidade do campo e prospecção de novos agronegócios.
“Cada inspeção, com o acompanhamento da Emater, aproxima-nos de um passo a passo que é oferecer a solução em crédito da realidade de cada produtor rural, considerando os zoneamentos de cultivos e o potencial da região. O financiamento é um caminho pelo qual o produtor rural consegue incluir o cálculo de despesas de produção, investimento em benfeitorias e comercialização da produção, por exemplo ”, resume o gerente.
Esperança
Na Fazenda Jaguar, com 500 hectares, a expectativa é extrema. Situada na Estrada Nova, no Ramal do Zé Queimado, é onde pastejam 219 cabeças de gado nelore, ao lado de pequenas lavouras de milho, intencionadas para a suplementação alimentar do rebanho. Há, ainda, pomar com limão e banana, para consumo próprio.
“Eu tenho pouco animal para muito terreno e cultivo pouco milho porque planto tudo na mão. Me falta dinheiro para comprar mais gado e me falta dinheiro para comprar trator”, relata José João Trajano, mais conhecido como ‘Roberto do Caminhão’, 57 anos.
“Porque estava tudo parado, então voltei a fazer planos verdadeiros, retornei a acreditar que era possível uma política pública que transformasse a vida das pessoas do campo”, suspira e inspira José Trajano.
Fonte: Emater
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