Já ouviu falar sobre o Manejaí? É um centro que ensina o manejo sustentável do açaí nativo com objetivo de estimular a sustentabilidade e a biodiversidade nos processos de produção do fruto. A ideia é proteger todos os modos de vida das comunidades tradicionais e agricultores familiares, gerar renda, melhorar a qualidade de vida dos povos nativos.
A comunidade Centro Alegre, que fica em Acará, município pertencente a Microrregião de Tomé-Açu, no nosso Pará, recebeu uma Unidade Demonstrativa de açaí para fortalecer essa cadeia justa de produção. A equipe de técnicos da Embrapa Amazônia Oriental, que integram o Manejaí, trabalharam durante dez dias, até este 2/12, com capacitação e a instalação da Unidade.
A região de Acará é de forte produção de açaí, e a unidade para boas práticas de cultivo em terra firme ocupa uma área de cerca de 625 m², delimitada dentro do cultivo do produtor Ismael Brito Trindade, contendo correção, adubação de solo e irrigação.
O projeto visa a socialização de tecnologias para o fortalecimento de cadeias produtivas baseadas na biodiversidade e atua nos municípios de Belém, Abaetetuba, Acará, Portel, Melgaço e Breves. O Manejaí utiliza a técnica Tecnologia de Manejo de Mínimo Impacto, desenvolvida pelos técnicos da Embrapa José Antônio Leite e Silas Mochiutti, e que já possibilitou o aumento de 30% na produção do fruto.
Nordeste paraense
Lideranças, extrativistas e produtores rurais da comunidade de Laranjal, no município de Cametá, nordeste paraense, também participaram de capacitação sobre o manejo de mínimo impacto de açaizais nativos promovido pelo Manejaí de 22 a 26/11.
O líder do Manejaí, Augusto César Andrade, reforçou como o treinamento tem por objetivo o aumento da produtividade com a conservação da biodiversidade. “O manejo dos açaizais proporciona maior produtividade, renda, mas também aspectos importantes para a qualidade de vida, pois propicia maior segurança e um menor esforço do produtor na condução de sua área produtiva”, afirma Andrade.
Quem foi treinado fica com a lição de casa de espalhar conhecimento como facilitadores na socialização das tecnologias sustentáveis, fazendo com que as informações técnicas possam chegar aos vizinhos e comunidades do entorno. Os novos facilitadores receberam um kit chamado mochila do facilitador, que é composto por publicações e ferramentas para a condução da prática de manejo.
Redação, com informações da Embrapa