Alô, alô, paraense! É preciso ficar atento aos riscos da mosca-da-carambola e não deixá-la entrar em nossa terra boa! Essa praga quarentenária presente no Brasil pode ameaçar pomares de 30 diferentes espécies de frutas, como laranja, manga e goiaba. Bactrocera carambolae é o nome científico desse inseto considerado a maior ameaça à fruticultura nacional.
O Ministério da Agricultura estimou em 2019 que se a mosca-da-carambola ficasse fora de controle no Brasil, poderia gerar um prejuízo potencial de US$ 30,7 milhões no ano inicial e de cerca de US$ 92,4 milhões no terceiro ano de infestação. Imagina em 2022 com essa inflação lá em cima! Por isso, a importância do esforço preventivo.
A presença da mosca-da-carambola está restrita aos Estados do Amapá, Pará e Roraima, e está sob controle oficial do ministério. Ações educativas têm sido praticadas por meio de técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) com a finalidade de conscientizar a população sobre os riscos da entrada da mosca-da-carambola no território paraense.
Então, se algum passageiro ou embarcação forem abordados por fiscais estaduais agropecuários ou agentes fiscais agropecuários da Adepará, já sabe o que é! É importante colaborar com esse trabalho de sensibilização, conscientização e esclarecimento sobre as ações de combate e prevenção, legislação vigente, trânsito de frutos hospedeiros, danos econômicos e os problemas sociais gerados pela praga.
O objetivo é evitar a entrada de cargas de frutos vindos do Amapá com destino ao Pará, onde existe um sistema de monitoramento e vigilância constante no combate a mosca-da-carambola.
Segundo o IBGE, o Pará é o 7º maior produtor de frutas cítricas do Brasil e o primeiro da região Norte. Parte da produção é exportada para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste e também para a Europa. A produção de frutas cítricas está concentrada em dois polos, no nordeste com a produção de laranja e tangerina, e na região oeste, que produz limão taiti e laranja.
Fontes: Adepará e Embrapa