A cigarrinha de milho é a principal dor de cabeça do produtor de milho. E, o pior, ainda não se tem medidas curativas para os chamados enfezamentos pálido e vermelho do milho, doenças que podem provocar perdas de mais de 70% na produtividade das lavouras.
Existem, porém, uma série de recomendações da Embrapa e parceiros que, seguidas em escala local e regional, podem minimizar os prejuízos na cultura.
As chamadas queimas controladas não estão entre as recomendações. De acordo com norma da Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), “o emprego do fogo mediante queima controlada depende de prévia autorização, a ser obtida pelo interessado junto à secretária”.
Veja o que pode ser feito em cada fase, segundo a Embrapa, para controlar a cigarrinha:
Na entressafra:
- Eliminar plantas de milho voluntárias (tigueras) e manter a lavoura no limpo.
Na semeadura:
- Sincronizar o período de semeadura na região;
- Evitar a semeadura do milho em proximidade de lavouras mais velhas com alta incidência de enfezamentos;
- Diversificar e rotacionar cultivares de milho;
- Usar híbridos com maior tolerância genética aos enfezamentos;
- Usar sementes certificadas e tratá-las com inseticidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Tratar as sementes vai reduzir a transmissão dos molicutes na fase inicial da cultura.
Durante o cultivo:
- Monitorar a presença da cigarrinha entre as fases VE (emergência) e V8 (oitava folha) do milho e aplicar inseticidas registrados para reduzir ao máximo a população de cigarrinhas;
- Rotacionar os modos de ação para evitar a resistência aos inseticidas;
- Controlar a qualidade da colheita e evitar a perda de espigas e grãos.
Após a colheita:
- Transportar o milho colhido e evitar a perda de grãos nas estradas;
- Fazer a rotação de cultivos e evitar o plantio sucessivo de gramín.