O governo brasileiro acaba de encontrar uma saída para dar início ao ambicioso Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD). A iniciativa, que visa recuperar até 40 milhões de hectares em todo o País, deve usar cerca de US$ 1 bilhão provenientes de recursos internacionais. As informações são do Globo Rural.
Parte do Plano de Transformação Ecológica do Brasil, a primeira rodada do programa poderá utilizara a quantia do Fundo Clima, por meio da linha de “blended finance” do Eco Invest. A medida contribuirá para a revitalização de aproximadamente quatro milhões de hectares por ano, segundo o Ministério da Agricultura.
Essa modalidade permite combinar recursos públicos e privados, oferecendo condições mais atrativas para os investidores e garantindo um fluxo maior de capital para projetos de impacto ambiental e social.
Como funcionará?
O governo lançará um edital para que bancos e instituições financeiras apresentem propostas de financiamento para a recuperação de pastagens degradadas. Os projetos selecionados receberão recursos do Fundo Clima, um fundo soberano brasileiro dedicado a financiar projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Os produtores rurais que aderirem ao programa terão acesso a crédito com juros de 6,5% ao ano, o que representa uma taxa bastante competitiva e deve estimular a adesão ao programa.
Próximos passos
O Ministério da Agricultura está trabalhando em conjunto com a Embrapa, o Banco do Brasil e o Ministério do Meio Ambiente para definir as normas técnicas que regerão o programa. Além disso, o governo buscará parcerias com bancos internacionais e multilaterais para ampliar o volume de recursos disponíveis para o financiamento de projetos de recuperação de pastagens.
A expectativa é que o programa tenha um impacto positivo significativo na agricultura brasileira, contribuindo para a sustentabilidade do setor e para a conservação do meio ambiente.