O Ibama decidiu restringir o uso do agrotóxico Tiametoxam para proteger insetos polinizadores, principalmente as abelhas. A decisão, publicada na quinta-feira, 23, no Diário Oficial da União, proíbe os agricultores de usar o químico por meio de pulverizações, mas permite aplicação direta no solo e em tratamento de semente.
Considerado por cientistas uma ameaça à biodiversidade, razão pela qual foi proibido na Europa, está sendo analisado nos Estado Unidos e restringido no Canadá, o agrotóxico é aplicado para o controle de pragas em diversas lavouras,
De acordo com investigação da Repórter Brasil, durante o período de dez anos, em que o tiametoxam esteve em reavaliação no País, houve lobby das fabricantes em várias frentes em Brasília para liberar sua aplicação.
O Tiametoxam é um inseticida à base de nicotina que atinge as células do sistema nervoso central dos insetos, deixando-os desorientados e levando-os à morte.
No dia 2 de janeiro, o Ibama também proibiu outro agrotóxico para proteger as abelhas, o Fipronil, também conhecido por seus efeitos nocivos a estes insetos. Ele ficou conhecido, inclusive, como o “matador de abelhas”.