Com foco em desenvolvimento sustentável e, no preparo da capital Belém como sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (Cop-30), em 2025, projetos de crédito rural elaborados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) injetaram, de janeiro a agosto, mais de R$ 45 milhões em atividades de 1.200 famílias em pelo menos 80 municípios.
Os dados constam em relatórios, com balanço parcial, divulgados esta semana pela Coordenadoria de Planejamento (Cplan) da Emater.
“São mais de R$ 70 bilhões de investimentos no Plano Safra da Agricultura Familiar. A atuação dos extensionistas é determinante para as famílias agricultoras acessarem o crédito rural. O crédito rural garante investimentos em projetos que mudam a qualidade de vida das pessoas para melhor. O crédito representa progresso no campo e redução das desigualdades sociais e evidencia a essencialidade da ater [assistência técnica e extensão rural] pública no desenvolvimento da agricultura familiar”, pontua o presidente da Emater, Joniel Abreu.
Rosângela Vaz, em Afuá, no Marajó. recebeu em julho, primeiro crédito rural, para manejo do açaizal nativo da várzea do rio Aningau. Nos meses de safra do fruto, de agosto a janeiro, a família chega a apanhar quase 400 quilos por dia.
“Nosso passado, presente e futuro de sobrevivência, trabalho e lucro eu enxergo no açaí”, destaca a agricultora.
Para o supervisor do escritório regional da Emater no Marajó, sociólogo Alcir Borges, especialista em Gestão Pública e Sociedade, o objetivo do crédito rural no Marajó aplica-se sob um contexto de diversificação de atividades:
“Existe, em caráter preliminar, qualificação da política pública em si, observada pelos técnicos da Emater. A diversificação das atividades produtivas e a manutenção da floresta em pé são pautas prioritárias”, considera.