A produção da lavoura cacaueira no Pará chegou a 143.675 toneladas em 2024, segundo o Relatório Anual da Safra do Cacau, elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) em parceria com Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). O número representa uma alta de 3,8% em relação a 2023, quando a produção foi de 138.449 toneladas.
Com o mercado em alta, também cresceu no ano passado a área destinada aos plantios. Foram 8.172 hectares com cacaueiros que entraram em produção, cerca de 5,1% a mais de um ano para o outro. Os dados servem para conhecer a realidade do setor e ajudar os gestores envolvidos na cadeia a desenvolver seus planejamentos.
“Na região que executamos o levantamento de dados da previsão de safra, temos em torno de 87,5% da produção de amêndoas de cacau do Estado. A gente compara com todos os países produtores e inclusive com o Estado da Bahia, e a nossa média está lá em cima. Isso é muito bom”, avaliou o engenheiro agrônomo e coordenador do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultura no Pará (Procacau), Ivaldo Santana, em entrevista à Agência Pará.
A região onde são concentrados os estudos abrange os municípios de Altamira, Medicilândia e Uruará, que são os maiores produtores de cacau do estado. Ao longo da BR-230, conhecida como Transamazônica, os produtores têm a maior produtividade média por hectare do mundo.
De acordo com a Sedap, 86,6% da produção paraense vem da Transamazônica. Em seguida aparece o sudeste do estado com 7%, a região nordeste com 3,6%, a região das ilhas com 1,9% e o oeste do Pará 0,9%.
“Está plantando mais e a gente espera uma safra recorde em nosso estado no ano de 2025”, prevê o engenheiro agrônomo.